A vida é um Fator Incontrolável

A vida é um Fator Incontrolável

Rebuscando o meu inconsciente, sem medo de viver, posso lhes confessar que a vida é um fator incontrolável.

É dirigir o indirigível sentimento que fiscaliza e exerce o amor.

É perceber a paixão que, ao invés de corroer teu coração, te desperta para a felicidade, talvez, quase completa.

É encobrir, guardar, ocultar ou dissimular aquele amor incontrolável que surge diretamente de nossas almas, que diz querer amar, mas, por força irrefreável, de nossa mente, nos faz recuar, talvez, sempre.

É enxergar toda uma vida em sessenta segundos, perceber que uma volta no relógio não passa de uma pequena eternidade que não dura muito, mas perdurará o quanto quisermos.

É precisar querer ir embora porque, quando se está junto tudo parece dar certo, e quando dá errado, na verdade não passa de um simples, e singelo, reverso ao contrário. Incluindo, completando, perfazendo e subtraindo tudo que existe de ruim de nossos corações.

E isso nos dá medo.

É tentar escrever sobre assuntos que não sabemos que entendemos, simplesmente sentimos.

É aquele desejo esquisito que te faz mover montanhas como se fossem grãos de mostarda.

É aquela vontade, pura, humilde, bucólica, mas, gigantesca que, ao invés de carcomer nossos espíritos, nos faz caminhar pra frente, mesmo quando nos empurram abismo abaixo sem possuirmos um pára-quedas nos ombros. Nós simplesmente caímos, pois sabemos que tudo é uma irreal ilusão, que rapidamente se liquefaz, se funde com a nossa realidade miseravelmente boa, simplesmente porque somos felizes.

É um sentimento impetuoso que vêm da alma, é afetivo é vivo e surpreendente.

A vida é um fator incontrolável, assim, parecido conosco sentimos, morremos e viveremos de amores paralelos, todavia, não entendemos nada. A vida é bela, singela, porém, mais perfeita que uma flor do campo, nascendo, ainda virgem de coração.

É ter o tempo perdido de volta, é sentir o peso de palavras intrincadas, ambíguas e desconexas, que nos deixa sem entender o motivo do ódio que lentamente consome a sede da sensibilidade moral, do amor, das paixões, da amizade e generosidade.

É tentar não descobrir o motivo que nos leva a viver. É encobrir aquele empuxo que nos obriga a caminhar seguindo e prosperando.

É tentar não querer ganhar por tentativa.

É sentir, em nossos corações, a vida.

É aquela fé que, ao invés de remover montanhas, afasta o ódio do coração das pessoas.

É aquela fé, sem tamanho, que expulsa a maldade e o pecado inexistente das pessoas boas de verdade.

Eu não preciso abjurar, não tenho que escrever, não sinto necessidade de nada inventar, pois, então, não fique infeliz se você não conseguir chegar ao lugar, ao topo, que eu queria ir, não se sinta medíocre por não atingir o meu objetivo de pensamento, que nada mais é, e sempre será, a vida e o amor. Que me impulsiona e faz-me acordar todos os dias para, a cada segundo que me deixam viver, não ganhar por tentativa, mas, ganhar, simplesmente, por sabedoria e experiência das derrotas, adquiridas com o amargor das tentativas perdidas, das vitórias destruídas.

A vida é um fator incontrolável, mesmo assim eu sigo em frente, remando contra a corrente, fazendo da minha vida um amor que sente, que sofre a cada dia, que acorda e respira, que escreve poesias a cada noite, que enxerga, através das nuvens, todas as maravilhas existentes, que nada compreende, que tudo se mistura, que nada me mostra, fazendo minha vida se transformar e tomar rumo diverso do que tinha planejado, e mesmo assim existe uma coragem que persiste, que me força a andar pra frente, que me ajuda a esquecer aquilo que me consome, que me esconde. Não entendo, tampouco compreendo, porque, mesmo assim, insisto em seguir em frente, recuando em certos momentos, e avançando sempre em terreno desconhecido, transformando, meu mundo, em palavras que serão esquecidas, em sentimentos que jamais serão lembrados, em amor não correspondido. Não posso chamar essa força de esperança, poderia, quem sabe, chamá-la de estupidez, mas não sou estúpido, poderia, talvez, chamá-la de altivez, mas não sou altivo, poderia ser arrogância, mas seria o mesmo que altivez, e não sou arrogante, muito menos altivo. Não sei o que pode ser, e não consigo me entender, porém, é dessa forma que levo a vida.

Caminhando e Celebrando em Versos, Meus Escritos, Escriturando Minha Vida, Burlando, Dia Após Dia, Meu Eterno Fator Incontrolavelmente Controlado Sem Direção.

Fábio Pimenta
Enviado por Fábio Pimenta em 10/07/2009
Reeditado em 30/10/2012
Código do texto: T1691772
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