Social Amor: SOS... Guerrilha Urbana! Estado de Sítio!
 
Quando estamos doentes costumamos ficar aperreados, mesmo até desesperados, dependendo do grau do problema e do limiar físico, mental e espiritual de cada um.
Passamos de um viver pleno, para a fragilidade plena, própria dos enfermos, uns mais fortes e disciplinados e até mesmo obstinados pela cura e pelo viver, outros sem o mesmo élan vital, sem a mesma gana de mais vida sempre, não importando as limitações e mutilações. É uma forma dolorida de nos sentir excluídos da condução dita normal, igual a todos aqueles que se sentem e ou estão saudáveis por dentro e por fora.
Sem máscaras, amando e sendo amado por tudo e todos na mais plena alegria de quem anda exudando harmonia e paz. Todo dia se refaz e vai à luta, pra o que der e vier.
Bravos poucos guerreiros que não vão deixar se contaminar pelas circunstâncias de cada mau momento, ou de um esplendoroso momento. 
 
Afora as doenças, quando nos sentimos lesados, usurpados por enormes dificuldades, podemos perder a nossa própria capacidade de discernimento. O que preocupa bastante e se torna extremamente lamentável, mas temos que assumir que a nossa falta de educação social e capacitação e ou dogmatização perniciosa religiosa são determinantes nesse processo. Pedir ajuda a DEUS não basta, temos que agir e já. 
 
Os nossos governantes somos nós mesmos, incapacitados e incapazes de assumir a culpa pela falta do exercício a cidadania e sermos omissos aos atos e atitudes que deveríamos ter tomado há muito mais vidas e existências extirpadas do viver. Assumir cada qual a sua família, as famílias, a rua, as ruas, a comunidade, as comunidades, o grupo social, os grupos sociais, cada bairro, diversos bairros, cada cidade, as diversas cidades, municípios, estados, até chegarmos legitimamente como povo, gente como a gente, com as mais diversas carências e extremas necessidades, da fome ao frio, da prostituição a droga... Ao poder saber exercitar e disseminar da forma mais igualitária e acima de tudo transparente e honesta com todos os iguais que pensem como indivíduos livres e filhos de Deus.
 
Com direito a tudo quanto possível for proporcional aos seus legítimos esforços. Deus nunca quis, nem vai aprovar ou fazer provações para que sejamos miseráveis sociais, sem eira, nem beira, sem horizonte para sonharmos com dias melhores e mais alegres. Até porque o horizonte para todos se tornou perdido, infelizmente. 
 
Precisamos achar um mundo melhor e impossível, da melhor forma possível e imaginável, inimaginável e rápida, principalmente nos valores e concepções pra não darmos seqüência à acomodação secular que nos transforma e relega. Não dá mais para segurar tamanha insensatez, casuísmos e falta de respeito para com nós mesmos, ou seja, a dita população de um país. Que país? Onde fica e o que faz em prol do seu povo: crianças, adolescentes, jovens e idosos, que são o seu verdadeiro patrimônio. É só educar, criar espaços e trabalhar de forma sensata e humana. Aí seremos população e país, ou seja, inclusão sócio-política (séria)-econômica (sem ufanismo-religioso (sem pieguices).
 
Vimos a cada dia aumentar o estado de pânico social com o aumento incontrolável da guerrilha urbana instaladas em nossas cidades e lares. As favelas dos culturalmente não favelados, pelos achatamentos das chamadas classes C, D e suas subdivisões.
 
Juntamente com as favelas dos pobres favelados que vivem na linha da pobreza e finalmente as favelas dos favelados que vivem abaixo da linha da pobreza e são chamados de miseráveis. 
 
Miseráveis são todos aqueles que permitiram que as cidades inchassem e se formassem núcleos paupérrimos, desumanos e instintivos. A que ponto chegou? A falta de disciplina, educação, uso de drogas e principalmente a impunidade, a falta de justiça nos levaram ao mais catastrófico estado de sítio que um estado, país e principalmente a sua nação, vivam órfãos e a messe de todas e tantos desrespeitos, mazelas, atrocidades e discrepâncias inimagináveis.
 
Enquanto sabemos que nossas terras, as terras de um Brasil tão privilegiado em suas aptidões edafoclimáticas, com seu povo pacato, criativo e trabalhador, sejam obrigados a deixarem seus sonhos nos campos de cultivo em virtude da falta de uma política de fixação do homem aos campos e conseqüentemente alimentando as cidades desse país.
 
Sem precisarem morar em favelas, nem se aglutinarem como assassinos do próximo ou o próximo assassino e até mesmo na proliferação uma sub-raça, que pasmem já coabitam a nossa sociedade. Meu Deus! O que falei? Perdoa-me, mas o que vemos e vimos todos os dias com os morticínios e barbáries do cotidiano, infelizmente somos obrigados a começar a policiar e nos policiar através dos nossos hábitos e atitudes para com nós mesmos e os ditos irmãos de família e os irmãos em Cristo Jesus.
 
Vamos dar um basta nesta bosta de vida que somos obrigados a viver e permanecer fazendo que uns poucos vivam no bem bom e a grande maioria esmagada pela lama do caos social a que nos entregamos e deixamos dominar e acorrentar. Escravos novamente? Ou sempre?
 
Vamos lutar, vamos ser candidatos, vamos votar, vamos eleger e nos eleger dignos representantes de nós mesmos e dos nós outros, de todos sem distinção de educação, pois, vamos nos educar e melhorar, principalmente nos espiritualizar e compartilhar o bem comum.
 
Que tal deixar de sermos eternos moribundos, a espera do apocalipse, que já vimos vivendo há algum tempo, a mercê da nossa falta de atitude e principalmente de visão para podermos resgatar um país para os filhos de nossos filhos, geração após geração.
Devemos sempre lembrar que liberdade não é libertinagem e democracia não é anarquia e sim o direito do povo, pelo povo e para o povo. 

Vamos lá gente, a união faz a força e uma conseqüente revolução na forma de pensar, educar e desenvolver uma sociedade de famílias sensatas e centradas no bem comum.
 
Por favor, ajudem, ajudemo-nos a continuar humanos racionais com perspectivas e horizontes de liberdade, igualdade e mais vida, agora e sempre.
 
 
 
Julio Sergio
Recife-PE.
(03.07.09)