Carinho Canino
O que faz de "Marley e Eu" - seja o livro, seja o filme - um grande sucesso de público? Não é apenas a forma descontraída da história, ou mesmo a destruição de Marley; Mas sim, o elo que nasce entre o cão e o seu dono. Ligação esta que há muito vem sendo contada nas telonas - vide Lassie, Beethoven, Bud, entre outros tantos. Os filmes estão longe de ser lá obras-prima. Contudo, quem, como eu, emociona-se ao ver o carinho canino estampado naquela cena, sabe muito bem o quanto é maravilhoso o amor desinteressado que estes seres demonstram.
Já tive muitos animais de estimação, tantos que nem ouso listar, adorei cada um como se membros da família fossem. Senti a perda deles de igual forma. A verdade é que, enquanto os seres humanos impõem regras, horários e limites para o amor, os cachorros simplesmente o sentem e agarram-se a ele sem duvidar que são correspondidos e respeitados.
O que me leva a perguntar: Como pode um ser irracional viver o sentimento de forma tão mais plena/correta que o homem - entendido como racional? Provavelmente seja culpa desta racionalidade toda, desta implicância em pensar antes de provar.
Aprendemos a refrear nossos instintos quando cedo. Todavia, há vezes que apenas esta intuição natural é capaz de conduzir-nos a verdade. Num mundo onde o carinho é tão negado e tão buscado, por que não somos capazes de agir como os caninos? Afinal, os cães são fiéis, não traçam medidas e formas para como seu dono deve/deveria ser. Os defeitos são percebidos, mas superados.
Claro que dentro deste contexto não proponho uma completa ausência da razão, até porque ela muitas vezes nos livra de grandes ciladas. Peço, no entanto, por um pouco mais de tolerância, de zelo, de cumplicidade. Ninguém está livre de equívocos. Então, para que insistirmos na perfeição? Em moldar a motivação do nosso afeto aos modelos e manias que julgamos adequadas? Se for querer, que seja pela pessoa como ela é. Neste correr dos dias, a única coisa que anseio é poder viver um amor no estilo canino.
O que faz de "Marley e Eu" - seja o livro, seja o filme - um grande sucesso de público? Não é apenas a forma descontraída da história, ou mesmo a destruição de Marley; Mas sim, o elo que nasce entre o cão e o seu dono. Ligação esta que há muito vem sendo contada nas telonas - vide Lassie, Beethoven, Bud, entre outros tantos. Os filmes estão longe de ser lá obras-prima. Contudo, quem, como eu, emociona-se ao ver o carinho canino estampado naquela cena, sabe muito bem o quanto é maravilhoso o amor desinteressado que estes seres demonstram.
Já tive muitos animais de estimação, tantos que nem ouso listar, adorei cada um como se membros da família fossem. Senti a perda deles de igual forma. A verdade é que, enquanto os seres humanos impõem regras, horários e limites para o amor, os cachorros simplesmente o sentem e agarram-se a ele sem duvidar que são correspondidos e respeitados.
O que me leva a perguntar: Como pode um ser irracional viver o sentimento de forma tão mais plena/correta que o homem - entendido como racional? Provavelmente seja culpa desta racionalidade toda, desta implicância em pensar antes de provar.
Aprendemos a refrear nossos instintos quando cedo. Todavia, há vezes que apenas esta intuição natural é capaz de conduzir-nos a verdade. Num mundo onde o carinho é tão negado e tão buscado, por que não somos capazes de agir como os caninos? Afinal, os cães são fiéis, não traçam medidas e formas para como seu dono deve/deveria ser. Os defeitos são percebidos, mas superados.
Claro que dentro deste contexto não proponho uma completa ausência da razão, até porque ela muitas vezes nos livra de grandes ciladas. Peço, no entanto, por um pouco mais de tolerância, de zelo, de cumplicidade. Ninguém está livre de equívocos. Então, para que insistirmos na perfeição? Em moldar a motivação do nosso afeto aos modelos e manias que julgamos adequadas? Se for querer, que seja pela pessoa como ela é. Neste correr dos dias, a única coisa que anseio é poder viver um amor no estilo canino.