VOO 477 e consequencias II
VOO 477 e conseqüências II
Na crônica anterior emiti minha opinião como espiritualista da busca dos corpos das vitimas fatais do vôo 477 da Air France de que se deveria, constatada a impossibilidade de sobreviventes, não gastar uma imensa fortuna para procurar os restos mortais dos passageiros, considerando que os que morrem no mar por alguma circunstancia, devem permanecer no mar e os que morrem em terra devem ser sepultados sob a terra. Creio que se trata de uma escolha ou um destino ordenado por Deus. Sem se citar que a origem do homem é, sabidamente oceânica daí seu corpo conter 60% de líquido.
Se pode muito bem avaliar a horrível dor dos familiares constatarem com os próprios olhos, os restos (putrefatos) mortais do ente amado e ainda por cima sob os efeitos normais da autópsia identificadora. Por outro lado, é impossível se avaliar o sofrimento dos familiares, cujos restos mortais dos entes queridos não foram resgatados. Será o prolongamento do sofrimento inconformado da perda, além da conseqüência de não poder comprovar os óbitos. Esses terão que enfrentar uma perene batalha judicial para receber o seguro. Os governos legais não poderão decretar uma lei os declarando mortos porque é inconstitucional lei para beneficiar alguns.
É lógico que numa ocorrência em tais circunstâncias seja provável o resgate de todas as 228 vitimas. Eis porque a mais sensata providencia era as vitimas das mais diversas nacionalidades serem amparadas por uma lei, digamos com o prazo de seis meses de desaparecimento, consideradas definitivamente mortas para os efeitos legais de seguro. Seria improvável que passado tal período, se alguém houvesse sobrevivido ao desastre não aparecer vivo.
No caso, deveria se concentrar os esforços no resgate da Caixa Preta para a possibilidade de se constatar as causas do desastre para saná-las.
Espero que as autoridades que estão empenhadas na busca dos restos mortais das 228 vítimas fatais possam dar uma explicação plausível aos familiares daqueles que não tiveram os corpos resgatados.