O POVO DA MINHA RUA= EC
Eu nunca vi gente tão folgada como os meus vizinhos.
O bairro tem uma porção de necessidades e ninguém se mexe para resolver nada.
Faz mais de um mês que duas lâmpadas da iluminação da minha rua estão queimadas e até agora ninguém se deu ao trabalho de telefonar para a Companhia de Força e Luz e pedir a substituição.
Bem em frente de minha casa há um cano vazando água na sarjeta. Um desperdício, mas ninguém se lembra de reclamar para o SAAI.
E os cães sem dono que vagueiam pelas ruas, passando fome, correndo o risco de serem atropelados e assustando as pessoas?
Os voluntários que fazem parte da Sociedade Protetora dos Animais estão sempre prontos para solucionar esses problemas, mas, é claro que se ninguém avisar, não podem adivinhar o que está acontecendo.
Há uma família de indigentes, mãe com aparência doentia e três crianças desnutridas, morando literalmente na rua. Não sei como sobrevivem. Todos têm dó, mas ninguém procura encaminhá-los à Assistência Social para uma ajuda mais eficiente.
Todos falam, comentam, criticam, reclamam, mas ninguém faz nada para ajudar.
Bem, nem sei por que estou falando essas coisas, pois, afinal
, “O QUE EU TENHO A VER COM ISSO?”
Ou será que tenho?
Este texto faz parte do Exercício Criativo O Que eu Tenho a Ver com Isso?
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