ERA UMA VEZ...





Era uma vez, um reino que velava o sono dos pequeninos...


Nunca entendi se é a repetição pausada ou a sensação de segurança, mas muitas crianças dormem tranquilas, depois de ouvir a voz suave que conta e reconta aventuras, noite após noite.


Os filmes estão repletos de cenas, onde acompanhamos momentos especiais desse encontro amoroso relacionado à palavra. Quem escreve, foi um dia aquela criança encantada pelas histórias e sente, em um piscar de olhos, paz e nostalgia.


Muitas vezes, a repetição destas historinhas, além de pedida, é urgente!


E pobre da mãe (ou outra pessoa próxima à criança) que resolver contar algo diferente ou, pior, não tiver em seu repertório (mais conhecido por memória) aquela passagem inventada, numa noite chuvosa, que fez o guri se enternecer e exigir:


- Não! Essa história não! Quero a outra!


- Qual?


- Aquela! A hiena que não sorria!


Nessa hora, a pessoa imagina por que foi inventar uma história que não saberá repetir depois. Talvez, não tenha feito o menor sucesso com o próprio autor, mas a criança adorou e dormiu.


Sua estranha história, sobre uma hiena incapaz de sorrir, surtiu o efeito de apaziguar alguém.


Isto é, enquanto conseguir se lembrar dela!






(*) Imagem: Google

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Dolce Vita
Enviado por Dolce Vita em 06/06/2009
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