HÁ QUE TER TERNURA, MAS NÃO ESQUEÇA DE ENDURECER

Considero esta frase, que eu invertí, uma das mais verdadeiras já ditas, apesar de o seu formulador nunca tê-la seguido ao pé da letra e ter terminado os seus dias como uma pessoa embrutecida pela violência, conforme últimas biografias, matando até seus companheiros, caso discordassem dele, não ficou nem sinal de alguma ternura,

É um mito cultuado por muitos, como lutador pelas liberdades, o que eu respeito a opinião, mas na realidade, todos hão de convir, que ele lutava era contra as ditaduras de direita e a favor das de esquerda, e não um democrata, que não se afiniza com nenhuma das duas.

Eu não era a favor de nenhuma das duas, muito pelo contrário, o meu caminho era mais da contraculrura, a favor da mudança pela paz e pelo amor.

Ele não lutava pela liberdade dos povos e sim para implantar ditaduras de esquerda, onde, quando implantadas, ocorreram, no mínimo, o triplo de crimes politicos, 'per capita', do que nas ditaduras de direita.

'Ele começou a se 'achar' e saiu pelo mundo e teve o fim que teve'.

Tive a oportunidade de conhecer Berlim, logo após o '11 de Setembro', em Outubro, e era vísivel o desnível social, educacional e principalmente na arquitetura e na arte, nos dois lados da cidade. Era chocante o desnível de desenvolvimento e na beleza das formas.

Como cidadão, posso afirmar, que ganhamos e muito, ficando do lado que ficamos. Os generais só demoraram demais para sair rss, o que eu também não gostei e eu conheci, de passagem, mas conheci, o porãozinho deles.

Ditadura nunca é bom, mas a nossa deixou um legado bem melhor e muitos mais 'Chicos e Caetanos' vivos.

Stalim, o patrão do Che, e Fidel, que o digam.

Considero que a mensagem da frase está na base de qualquer desenvolvimento que se queira nos dias atuais. Ela deveria ser o toque de todas as relações humanas, sociais, econômicas, profissionais, educacionais, etc.

Em tudo para agirmos com justiça, temos que saber manter o equilibrio entre ambas, ternura e dureza. Há sempre que tê-lo nas nossas relações, nos nossos julgamentos, nos nossos comentários, nas nossas opiniões e nos nossos atos e mesmo que sejam nossos chegados, temos que agir com firmeza, se for nescessário.

Endurecer, quando for preciso, é agir com amor, educando aqueles que erram a se manterem no melhor caminho, pricipalmente nas familias e no relacionamento e na formação dos filhos.

Na educação o quanto que isto é necessário, e ao mesmo tempo, o quão pouco é usado nos dias atuais. Quem age diferentemente na educação dos seus rebentos, está criando pessoas que vão trazer problemas no futuro.

A sociedade quando não pune seus verdadeiros criminosos que são os corruptos que sangram a nação, não está sendo dura nem tendo ternura, está sendo injusta. E a injustiça, tanto na sociedade, como na religião, que passa o conceito de que tudo é simplesmente perdoado, está criando maus cidadãos e pessoas espiritualmente indolentes. 

Tenho amigos professores de escolas de nível, em que alunos, que não chegaram nem ainda na adolescência, já dizem para eles, tipo: 'para eles baixarem a bola, pois quem paga o salário deles são os seus pais'.

O pior é que isto, por parte dos pais, não é dureza nem ternura. É só má educação, que vai vingar um dia.

Por outro lado a nossa justiça, jogava e joga nos calabouços, centenas de criminosos, de baixa renda, onde só cabem dezenas.

É algo totalmente árbitrário e de extrema crueldade, não importa os crimes que tenham cometido. Extrema dureza, sem nenhuma humanidade.

Eu não sou tanto dos 'direitos humanos', que em uma boa parte, acho, agem com exagero. Sou simplesmente realista. Justiça desumana só gera mais violência, como estamos vendo os criminosos cada vez, também, mais desumanos e matando sem nem ter motivo. 

Foi a nossa sociedade que criou isto.

Desumanidade, só gera desumanidade.

Criou-se, também, nas religiões, por interesses ‘molengos’ e para angariarem-se fiéis, a idéia que Deus, também perdoa tudo, e que até o seu Filho foi morto para nos ajudar.  Muitos ainda acreditam neste alicerce capenga. Ele morreu porque a sua mensagem se chocou com os interesses baseados em mentiras e a esta morte, não justificável, para consolo e explicação, passou a ser dado o conceito de nescessária e assim difundada até hoje, e que chegou a um ponto que ninguém nem observa mais a sândice que se está dizendo com isto.

Naquela época, antes da vinda de Jesus, e durante, havia os cultos com sacrifíos de animais e até de seres humanos, como sabemos, e quando mataram Jesus, disseram, como auto desculpa, que era só mais um sacrifício, nescessário para a nossa 'salvação'. Pode?

O Criador do Sol, da Lua e de todas as estrelas, das flores, dos rios, dos mares iria querer ver morto e torturado o seu filho, para que nós, estes 'gentes finas' que somos, pudessemos nos livrar das nossas mancadas?

Estamos nos achando, heim? Os que pregam isto não perdem por esperar.

Não existe amor que não leve, também, a severidade como complemento.

Quando Jesus falou para o jovem rico largar as suas riquezas e segui-lo (seguir a sua mensagem), não quis dizer que a riqueza é prejudicial, como muitas religiões passaram a pregar, para conseguirem as suas riquezas em cima desta mesma pobreza, e sim que, ‘para aquele jovem', a riqueza era prejudicial, pois ela o deixava acomodado e indolente, o que lhe prejudicava espiritualmente.
 
E a riqueza, quando mal usada, cria muitos tormentos e infelicidades também, principalmente entre os jovens, onde o índice de mortalidade, só no trânsito, é o dobro do de outras faixas etárias.

O filho que não é criado com limites vai ver, quando crescer, que o mundo não vai tratá-lo tão bem como os seus pais, e aí começará os seus exageros, as suas desavenças, queimar índios e fazer as suas roubalheiras se tiverem oportunidade, como quando, e normalmente vão, para a atividade política.

Contratei há um tempo atrás, para assinar uma pequena reforma, um engenheiro indicado pela minha esposa, para dar-lhe uma força, e que era ex marido de uma amiga dela, da época da sua adolescência, e que era de uma família rica.

Ele sempre foi criado só com a ‘ternura’, só que a família perdeu a condição financeira e ele que nunca trabalhou, mesmo depois de casado, ficou vivendo muito tempo às custas da ex-esposa, a quem também perdeu por causa disto, pois ele tinha vergonha de ir trabalhar pela remuneração que iria receber nos empregos. O mal costume criou orgulho. Ele ganhava bem sem trabalhar antes , e agora já cinquentão teria que trabalhar para ganhar bem menos, então não trabalhava.

Vergonha de trabalhar é onde houve ternura em demasia e dureza de menos.

Eu não o julguei, não tenho o direito, mas entendia o que se passava com ele, e tinha pena, para falar a verdade, pois já tinha tido a minha vivência, mas felizmente quando ainda bem jovem e lembro da vergonha que tinha se alguém me visse quando trabalhei em balcão, com o público, e temia que algum amigo me visse lá.

Perdi prestígio com um ou outro na época e justamente estes, ainda vivem à custa dos pais.

O casal Nardoni é outro exemplo. Eram sutentados pelo avô da filha que mataram.

No meu caso eu não era de família rica, mas todos os meus amigos eram, e sei o quanto este convívio pode prejudicar um jovem mal orientado, até pelo resto da vida como no caso deste engenheiro.

O fato de, simplesmente, eu ter sido criado entre eles, me criou dificuldades, que tiveram que ser superadas, já que a minha familia não era rica.

Há, hoje,  muitos 'adolescentes' de mais de quarenta anos, devido a educações que tiveram excessos de 'ternura', e sem nenhuma dureza, vivendo às custas dos pais.

'Há que endurecer, com certeza, e sem perder, jamais, a ternura, pois este é o verdadeiro amor'


‘A felicidade provém do íntimo, daquilo que o Ser humano sente dentro de si mesmo’ Roselis Vons Sass – graal.org.br












 
HAMILTON SERPA
Enviado por HAMILTON SERPA em 25/05/2009
Reeditado em 09/01/2016
Código do texto: T1613045
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