As libélulas apenas diminuíram de tamanho
Venho verificando, não com estranheza - afinal, o que é estranho em se tratando de humanos? Os pandas nunca mudam, os jacarés são pré-históricos, as libélulas apenas diminuíram de tamanho, mas gente? Gente é coisa que se modifica o tempo todo - que há uma quantidade enorme de gays bem jovens, coisa de 14 a 30 anos, em uma quantidade nunca vista.
Por mim tudo bem, não importa com quem você se deita. Interessa o que moral e socialmente você faz quando está exercendo o duro ofício de viver.
Apenas a quantidade e a velocidade com que surgem "novos" gays me impressiona. O Rex fareja o ar em busca de um pequeno odor de preconceito (ele diz que fede a merda e é verdade) mas não encontra nenhum. Fico curiosa como é que - isso aconteceu aqui bem próximo de mim - um rapaz de 20 e poucos, que até então era hetero, tinha namoradas e tudo, se descobre que é gay e assume. Por estranha coincidência a namorada dele também se descobriu gay e assumiu.
Não lamento por nenhum dos dois, se são felizes. Posso garantir que não existem jovens melhores que eles. Estudiosos, gentis, competentes, moralmente irrepreensíveis.
Penso: era eu quem não via, ou realmente eles aparecem mais agora? Isso é fruto do afrouxamento dos comportamentos repressivos ou é apenas um "modismo"? Ou será - como tenho pensado - um acovardamento dos jovens ante a necessidade de se relacionar com o sexo oposto, se expor publicmente, ser cobrado ante a responsabilidade como adulto e se firmar?
Por que um relacionamento hetero, até por questões culturais é bastante complexo. Ainda mais se dele resultar uma criança (ou mais).
Quem se relaciona (se casa, se amiga) quer casa, fogão, geladeira, divide contas, divide a vida. E nessa fase, onde os filhos adultos são cangurús e nunca querem deixar a casa materna, ser jovem é muito complicado. Juventude quer dizer, normalmente, grana curta, faculdade e exigências imensas de um crescimento que uma bala perdida pode interromper.
Nos relacionamentos gays que observo, ainda muito no espírito de "namoro no portão" os meninos e meninas podem viver a fantasia romântica e sexual escondido, sem necessidade de interferência dos pais. Não há possibilidade de gravidez indesejada, não tem que levar pra família conhecer - aliás, algumas famílias não podem nem saber, senão está deflagrada a 3ª guerra - apresenta como amigo ou amiga, e os pais - muitas vezes morrendo de medo de saber a verdade - acreditam. Com raríssimas exceções, diga-se, aliás.
Esses meninos e meninas, encontram uma certa facilidade em arranjar parceiros sexuais, mas dificilmente conseguem construir uma relação mais madura, mesmo homossexual.
Os que eu tive contato e conhecimento, como alguns dos amigos de minha filha, tem casos tórridos de uma semana, no máximo duas - um deles namorou oficialmente por oito meses, mas completamente escondido da família - encontram-se em boates, barzinhos e espaços "destinados" a gays, de modo que não há uma cobrança social visando a construção de um relacionamento formal entre duas pessoas.
Chego a conclusão que não temos, como pensam alguns, uma "febre" gay, mas sim uma pandêmica crise da síndrome do peter pan, o menino que não queria ficar adulto.
Acredito que se a sociedade não aceitar que o amor pode existir entre duas pessoas do mesmo sexo e de sexos diferentes e que esse amor também quer dizer responsabilidade com o outro, em breve não veremos mais famílias de nenhum gênero, mas apenas e tão somente, indivíduos inseguros, solitários e imaturos, vivendo às custas dos pais.
O T-Rex, está as gargalhadas e diz que nunca viu assunto mais fora de propósito. Dinossauro imbecil!