Dez mil leituras
Atingi hoje, três de maio de 2009, minha leitura número dez mil.
Comecei a escrever no Recanto no dia nove de dezembro de 2007, com o conto “A mulher de branco”. Um ano e cinco meses convivendo com autores e leitores gentis, cordatos. Não tive nem tenho problemas com o site onde mais escrevo e é minha referência.
Então eu me pergunto: valeu a pena? Fernando Pessoa diria que “tudo vale a pena se a alma não é pequena.” E respondo de forma assemelhada. Valeu. E se eu tivesse calado? Não teria feito nada, não diria o que penso, o que vivo, não teria feito um excelente contato com colegas que nunca vi, mas aprendi a gostar e respeitar. São tantos!
Muitas vezes fico a imaginar se sob pseudôminos, aqui não se encontram autores consagrados que usam o site como campo de treinamento. Não ouso enumerar os colegas, pois a omissão seria imperdoável.
Não tenho reclamações. Mas agradecimentos tenho sim, e não são poucos. Por duas vezes não prossegui num assunto devido, por ter sido delicadamente chamado, por escritores que respeito, a deixar de prosseguir com tolices minhas. Como ambos gostam de ler minhas crônicas, agradeço muito, além de reconhecer que estava me batendo do lado errado.
Tudo é novidade, tudo é interessante. É possível uma avaliação de como você vai no que escreve, e portanto no que vive. Tem época que seus textos não são quase nada lidos. Reformulo e volto ao normal. Outras vezes, a subida de leituras espanta.
E com tudo isto, vou afugentando os meus demônios interiores, para dar espaço ao “Segredo das roseiras”, a crônica que me fez completar os dez mil votos, o que me coloca bastante alegre.