ONDE O HOMEM POR ENTRE A FÉ

Ah, mas nós, como muitas das vezes, já o escrevi, não

precisaríamos nunca de deuses, se nos acreditássemos,

como pessoas, nem de ajoelharmo-nos jamais,

perante estátuas e anjos, num acto de contrição.

É que tudo isto (de deuses e de semi-deuses), é apenas

o caminho mais fácil, quando diante de um problema.

Como se, enquanto seres humanos, não

nos bastássemos, para saber, o que é bom ou mau,

para as nossas vidas.

Como seres inteligentes, todos temos o discernimento

suficiente, para nos conhecermos, sabendo perfeitamente,

que caminhos a evitar ou buscar.

A isso se chama, crescer e aprender, formando

um carácter, enquanto pessoa, de ideias e ideais, bem vincadas.

E será dessa forma, que todos a irão conhecer e respeitar,

sem bengalas nem bíblias, que não passou, de uma mescla

de pessoas, escrevendo, o que foram ouvindo, de boca em boca,

ou rasurando, para colocar, seu próprio entendimento do livro.

Daí as imensas leituras, possíveis (porque incoerentes):

assim como, qualquer ser humano, sugestionável e propenso, a alterar,

o que feito está, não por um qualquer fundamento Universal,

tão só por puro radicalismo.

A cada um sua fé, sem fundamentalismos – Jesus revolucionário,

na cruz, por tudo aquilo em que acreditou.

Porém, em toda a nossa estupidez, contra os ensinamentos, de Jesus

(que, para além dele, nada mais existe, senão o Universo, que nos traz),

Pagão o fizemos, ao usarmos ícones, proibidos, para o referenciar.

Jorge Humberto

24/04/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 25/04/2009
Código do texto: T1559261
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