MANOLO, O BARBEIRO...
MANOLO, O BARBEIRO...
No topo da Avenida Paraná, da cidade de Joaquim Távora, norte pioneiro paranaense, saída para a cidade de Carlópolis, havia uma barbearia. Nada mais do que uma simples barbearia. Com poucas cadeiras, onde só um barbeiro trabalhava. Até hoje não sei se ele era um bom ou mau profissional. Entretanto seu salão estava sempre cheio de clientes. A maior parte desse público adorava conversar com o Manolo. Ele sempre muito atencioso tratava bem as pessoas de todas as idades.
Manolo não possuía diplomas, mas procurava usar no seu dia a dia um português quase formal. E era essa qualidade que o destacava entre os outros cabeleireiros. Dava gosto ver o Manolo usar as sentenças bem pronunciadas. De vez em quando ele escorregava numa palavra errada, e isso tornava mais hilária a conversa.
- Ontem deixei cair o “galfo” quando tomava minha refeição! – dizia ele.
Os cidadãos apenas se entreolhavam, sem proferir nenhuma correção. Apenas pelo respeito ao bondoso barbeiro. Por essa razão o falecido Manolo nunca será esquecido pelos tavorenses que tem boa memória e gostam das coisas de sua terra.
Theo Padilha.
Joaquim Távora, 22 de abril de 2009