A Cruz de Cristo
Ela permanece ali, aquela cruz. Um sinal presente da minha imperfeição, do mal que se instalou em mim. Um estigma em minha alma. O Messias Crucificado por amor de muitos.
Não há ouro na História, não há prata a tilintar pelo caminho do mestre. E as tais trinta moedas faziam parte do plano.
E Deus tornou-se homem. E o homem amou seus semelhantes.
E os “semelhantes” rejeitaram este amor...
Crucificaram o Deus que se fez menino.
Assim, como um reles criminoso! Um ladrão.
O sem pecados se fez pecado... O sem maldição fez-se maldição!!!
E nós, e eu, à quem cabia a maldição. Ando livre pelas ruas...
E vejo representado em suntuosos templos a obra feito pelo Nazareno...
Vejo aquelas palavras simples, aquela dolorosa oração no jardim, o desamparo em meio a sangue e suor no madeiro, sendo comercializado pelos mesmos homens que o penduraram no alto do Golgota!
Mentes maquinam sob a milenar história mais uma forma de aprisionar a alma dos homens...
E o Cristo, que se deixou no madeiro para oferecer liberdade, novamente chora...