Mulher-menina
Pertencemos à geração em que os modelos de mulheres e os símbolos sexuais tinham como modelo mínimo o “46”. Perguntem aos nascidos no fim da década de 1930, ou início da década de quarenta sobre modelos e tipos de mulheres e com certeza a resposta será a mesma: “Sophia Loren, Anita Ekberg, Gina Lolobrigida, Cláudia Cardinale, Brigitte Bardot, Ava Gardner etc.”
Com o passar dos anos, a experiência reduz o condicionamento à ditadura dos meios de comunicação, ou os meios de comunicação nos condicionam a outros, e percebemos que, em todos os modelos, tipos e raças, existem mulheres que em algum momento serão utilizadas pela mídia como símbolos de beleza, sensualidade e sexualidade.
Com o passar dos anos e influenciado pela geração dos nossos filhos, passamos a admirar as belas mulheres-símbolos dos nascidos no final da década de sessenta - as modelos “40”- símbolo também imposto pela ditadura dos meios de comunicação.
Algumas, com lábios sensuais, que parecem estar sempre incitando para o beijo. Outras, com ancas elegantes, tal como éguas puro sangue, que, quando andam, parecem convidar para amar. Outras iluminam o ambiente com o brilho ao sorrir e com as imagens que sugerem ao olhar.
Finalmente, outras parecem que, compensando sua baixa estatura, desenvolvem naturalmente um jeito e uma postura real, que emolduram seios pequenos, rosas em botão.
Como diz um “slogan” comercial: “quem não é a maior tem que ser a melhor, ou, ainda, aquele velho dito popular: “nos pequeninos frascos os melhores perfumes ou os mortais venenos”...
“Para Modelo Tamanho “40” toma como símbolo as mulheres-meninas e brinda, celebra todas as mulheres que têm luz no sorriso, o charme e a graça de passarinho, a altivez real e muito veneno.
Para Modelos “40”
Tu tens modelo de menina,
mas pinta e jeito de rainha.
Teu andar meu coração desanda,
tua boca subverte a minha.
Um corpo tão pequeno,
se perde em charme e veneno,
misto da graça de passarinho
e da candura do sereno.
De opinião quase teimosa,
amante do esporte e da natureza;
valente, guerreira e briosa;
cúmplice da bondade e da beleza.
A boca brilha em sorriso,
as ancas quase um pecado,
os olhos ardem em desejo.
mistura de anjo e diabo.
Te pinto em rimas pequeninas
e faço do verso o meu recado:
não te esqueças, mulher-menina,
que a vida é curta e o tempo alado.
Por ti a lira canta:
o encanto do teu balanço;
a graça do passarinho;
a candura do sereno;
a luz do teu sorriso;
teu charme; e teu veneno.
Mulher-menina!
Mulher-menina!