O que houve então...?

Por esses dias, eu estava mudando de canal aleatóriamente, pois o carnaval foi de matar, e já não aguentava mais ouvir falar de Desfile das Escolas de Samba... eis que ouço: um tal bispo, negou o Holocausto.

Para quem não se lembra das lições de História, o Holocausto foi o massacre de milhares de pessoas inocentes, judeus, na era Nazista, 2ª Guerra Mundial.

Então, sento no sofá e vejo um repórter chegar perto desse tal bispo e quase leva um esfregão, pra não dizer outra coisa.

E a partir daí, pego minhas anotações da escola (sim, eu as guardo muito bem guardadas) e revejo todas aquelas imagens de pessoas sedentas de compaixão e cheias de sofrimento.

Será que esse bispo não viu essas fotos?

Mas então aparece uma carta escrita por ele, pedindo perdão pelas declarações patéticas que fizeram muitos familiares das vítimas e sobreviventes do Terceiro Reich relembrarem daquele gosto amargo da perda...

Sei que é uma terrível perda de tempo publicar isso aqui, mas considere o seguinte argumento dele: "Penso que não existiram câmaras de gás (...) Acredito que de 200 mil a 300 mil judeus morreram nos campos de concentração, mas nenhum na câmaras de gás"

Agora, se pegarmos todos os livros em que foram registrados os fatos terríveis daquela época, veremos o seguinte... as vítimas simplesmente se extinguiram? Passou uma baforada fedida por perto e eles esqueceram de colocar as máscaras de proteção?

Não. Eles foram cruelmente assassinados, em câmaras de gás, ao ar livre, na frente de seus filhos e possíveis netos. Foram mortos sem chance de "justificar", de serem respeitados por serem Judeus.

Céus, crenças não servem para assassinatos e crueldades. As religiões servem para encontrarmos com Deus, com deuses, com a vida, para podermos enxergar uma luz na escuridão. E não para deixarmos os outros no escuro.

Agora aparece esse bispo... Sinceramente...

Se não houve o Holocausto, os Judeus se isolara para dizer-se vítimas?

Todas as marcas que possuem em sua longa trajetória é para dizerem-se sofredores?

Não. Eles sofreram nas mãos de intolerãncia, injustiça e covardia.

E sim, não sou Judia, mas dou todo meu apoio à liberdade de ir e vir, assim como os Direitos Humanos no geral.

E viva a liberdade de expressão!