Intuição

Acho que a minha intuição não falhou, dessa vez. Eu acertei em ter ficado em casa.

Nada como um final de semana em família. Não tem preço a alegria de poder ser você mesmo e mesmo assim se sentir a vontade.

Nada pode ser mais simples e prazeroso. Nem a bandinha de forró mais estourada do momento, nem os maiores DJ’s e tendas eletrônicas, nem a vibe positiva do raggae mais irado. Nem a banda de pop rock com as letras de músicas mais críticas e inteligentes. Nada mesmo.

Eu não agüentava mais esses fins de semana iguais mesmo sendo regados pelas baladinhas mais variadas possíveis. Muito menos aqueles beijos que seriam eternos, mas que só duravam até a próxima sexta-feira chegar.

A única coisa que quero hoje é sentar em frente à televisão para assistir Super Cine e não prestar atenção no que está passando no filme para poder conversar sem parar. Afinal, todo momento em família é único e não pode ser desperdiçado.

Apesar das nossas diferenças sempre conseguimos ser iguais. E o melhor de tudo, pra sempre.

A nossa forma estranha de rir de tudo e de nada e o aconchego de um lar lotado de vozes confiáveis não podem ser superados.

E se tenho que escolher alguma intuição, fico sempre com a minha, mesmo diante da previsão da “melhor-festa-do-mundo-antes-que-o-mundo-acabe”. Porque eu sei que nunca acaba e amanhã terá outra, mais outra e outra. Igual e previsível.

Talita Souza
Enviado por Talita Souza em 08/02/2009
Código do texto: T1428811
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