Eu só queria voar
Súbito, abro os olhos, dou asas à imaginação e volto a voar. E dessa vez não é sobre abismos.
A esta hora da noite e em meio a tanta novidade e confusão, pude encontrar alguém que consegue, de forma surpreendentemente simples, obter soluções objetivas e palpáveis para os maiores conflitos humanos.
Depois daquelas palavras, traição, medo, amor, insegurança, paixão, auto-estima... já nem pareciam tão complicados assim. Tornou-se fácil e confortável lidar com a infinidade de emoções e sentimentos que existem por aí (dentro de mim).
Uma certa curiosidade foi despertada por esse ser “diferente”. Eu queria saber como encontrou todas as respostas que perdi tanto tempo procurando, sem nunca achar.
Não pensei duas vezes antes de entrar na sua casa, quando vi as portas abertas. Lá, além de tudo, havia vida. Muita vida. E um lindo e infinito jardim.
Quando ele cansa de tudo e de todos, corre logo para fazenda, onde deve ter pelo menos, 1/3 de toda paz que existe. E nada mais parece importar quando ele brinca com seus cachorros.
Perto de toda experiência e conhecimento desse indivíduo, eu sou apenas uma criança confusa começando a descobrir os caminhos.
Dele eu ainda sei tão pouco e é bom que assim o seja, me atrai o mistério.
Sei apenas que possui um sorriso convidativo que se destaca mais que a paisagem de cartão-postal por trás dele.
O seu mundo, visto de cima e através de uma lente, parece ser pelo menos um pouco daquilo que chamam de Felicidade. Deve ser por isso que em poucas linhas ele é tudo aquilo que muita gente não consegue ser nem em um livro inteiro.
Nessas mesmas linhas está escrito que o céu há muito tempo deixou de ser o limite. Ele mesmo sem ter asas, aprendeu a voar. E ainda diz que é fácil e que qualquer um pode conseguir. Foi neste exato momento que tirei meu desejo do estreito limite do possível.
Agora sim, posso deixar de sonhar com nuvens e borboletas, voltar para o casulo, fechar os olhos e simplesmente dormir.