DOUTOR DELEGADO ENCONTRE MEU PAI
DOUTOR DELEGADO ENCONTRE MEU PAI
Mário Osny Rosa
Dona Rosa vivia com sua neta Lú numa casa de madeira, Lú foi criada pela avó desde de pequena, certo dia ela saiu para um passeio e quando voltou percebeu que alguém tinha entrado em sua casa e levou sua máquina de lavar roupa.
Ela sem saber o que fazer telefonou para Carla sua filha relatando o acontecimento. Sua filha vai até a Delegacia e registra um BO Boletim de Ocorrência do que ocorreu na casa de sua mãe.
- Doutor Delegado quer registrar um BO, um larápio entrou na casa de minha mãe e levou da área de serviço uma máquina de lavar roupa de madeira sem marca. Em bom estado de conservação e funcionando.
O Doutor Delegado registrou a ocorrência anotou o endereço e telefone da Dona Rosa, depois de algum tempo numa batida na casa de Mão Quente por uma denúncia de roubos que ele praticara, os detetives localizaram vários objetos furtados na cidade e dentre eles estava uma máquina de madeira, todo o material foi recolhido para o depósito de bens furtados para que seus proprietários os reconhecessem o Doutor Delegado fez o reconhecimento da relação dos bens recolhidos e identificou a máquina de lavar roupas que poderia ser à de Dona Rosa. Mão Quente estava detido para prestar depoimento, ouvido pelo Doutor delegado o mesmo confirmou que a máquina ele tinha levado do endereço que constava no BO.
O Doutor Delegado liga para a casa da Dona Rosa:
- Alô quem fala,
- É a Lú neta da Dona Rosa – que é que está falando?
- Eu sou o Doutor Delegado, quero falar com sua avó,
- Vó Rosa o Doutor Delegado quer falar com a Senhora.
Dona Rosa atende o Delegado e fala:
- Boa tarde! Senhor Delegado o que o Doutor quer comigo?
- Dona Rosa o que aconteceu em sua casa a poucos dias?
- Entraram aqui e levara da área de serviço minha máquina de madeira de lavar roupas.
- Dona Rosa os detetives encontram vários objetos na casa de um ladrão recolhemos e está aqui na Delegacia para o reconhecimento de seus donos, a senhora pode vir aqui amanhã de manhã para verificar se é a sua máquina que temos aqui?
- Sim amanhã estaremos aí às oito horas para reconhecer o máquina.
- Aguardo à senhora e uma boa tarde.
- Obrigada pela noticia e também uma boa tarde Doutor Delegado.
Dona Rosa relata toda a conversa que teve com o delegado para a sua neta Lú, ela atenta tudo ouvia e ficava pensando:
- Esse delegado é bom ele encontrou tão rápida a máquina da minha avó Rosa. Será que ele poderia resolver o meu caso, ficou a noite só pensando como pedir a ele amanhã quando com sua avó ia reconhecer a maquina dela, ela iria fazer um apelo ao Doutor Delegado.
Lú nada iria revelar a sua avó das intenções que tinha planejado para aquele momento daquela idéia maluca que pairava na sua memória. No dia seguinte de manhã dona Rosa acorda cedo prepara o café e chama sua neta Lú de seis anos:
Lú levanta venha tomar café, hoje você não vai a aula temos que ir até a Delegacia falar com o Doutor Delegado.
- Vó Rosa vou perder a aula só para acompanhar à senhora?
- Sim você é minha acompanhante nessas horas difícil e também vai ajudar a reconhecer a máquina de lavar roupas.
Lú logo começou a arquitetar o que tinha pensado na noite anterior:
- Se realmente é a máquina da minha avó que o Doutor Delegado encontrou, bem que ele pode encontrar qualquer coisa nesse mundo.
Depois de tomar café com sua avó, as duas se arrumaram e seguiram até a Delegacia na hora marcada pelo delegado.
Quando estavam a caminhar Rosa fala para sua neta:
- Será que é a nossa máquina que o delgado encontrou na casa do ladrão?
Lú ia calada e nada falava, só pensava como ia interrogar o Delegado de tudo que tinha arquitetado durante a noite:
- Mas n hora certa que ia falar.
Nem sua avó sabia das intenções de Lú.
Chegando na delegacia o Detetive de plantão recebeu Dona Rosa e a sua neta e disse:
- Sente-se e aguarde um momento.
Ficaram aguardando a chamado na sala de espera aguardando o chamado do Doutor Delegado, entra na sala de espera o Detetive que tinha recebido as duas e diz:
- Quem é a dona Rosa?
- Sou eu responde ela.
- Dona Rosa pode entrar o Doutor Delegado está aguardando na sua sala.
Dona Rosa entrou com sua neta e sentaram na frente do Doutor Delegado e ele cumprimentou:
- Bom Dia Dona Rosa.
- Bom dia Doutor Delegado.
- Quem é essa menina dona Rosa?
- É minha neta e companhia, pois sou viúva e cuido dela desde que nasceu.
- Bom dia Doutor Delegado.
- Bom dia menina, você parece ser muito inteligente.
- Obrigado Doutor isso é gentileza sua doutor.
Então vamos ao assunto diz o Delegado:
- Vamos ao depósito para ver se realmente é a sua maquina que encontramos na casa de Mão Quente ontem.
Quando os três entraram no depósito Lú gritou:
- Vó é a nossa máquina de lavar roupas.
- Fique quieta menina, senhor Delegado foi essa maquina que levaram da minha casa.
O Delegado pergunta:
- Dona Rosa a senhora vai levar a máquina agora para sua casa?
- Vou falar com a minha filha Carla para providenciar um fretista para vir aqui buscar a máquina e levar até a minha casa.
O delegado diz:
- Vou fazer uma autorização para entregar a fretista para retirar a máquina do depósito.
- Sim senhor Doutor Delegado.
Voltando para a sala do Doutor Delegado e Lú pediu licença e falou:
- Doutor Delegado já que o senhor encontrou a máquina da minha avó, posso fazer um pedido ao Senhor?
- Que pedido você quer fazer?
-Senhor Doutor Delegado que pedir para o Senhor encontrar meu pai, quero conhecer ele e dizer que eu te amo papai.
Nesse momento o Doutor Delegado ficou emocionado e duas lagrimas corre pela face e ele fala:
- Menina eu também estou na sua situação não conheço meu pai, nunca consegui saber quem é ele e não vai ser fácil acha-lo.
- Ela torna a perguntar:
- Mas o senhor achou a maquina da minha avó e pode achar meu pai?
Dona Rosa ficou sem saber o que dizer naquela hora, o Delegado explica:
- Menina eu vou ver se faço alguma coisa por você, mas não vai ser fácil resolver o seu problema.
As duas se despedem do Doutor Delegado e voltam para casa, lá chegando sua avó pergunta:
- Lú quem foi que deu essa idéia de pedir ao Doutor Delegado para encontrar seu pai?
- Vó Rosa ontem quando me relatou a conversa que teve com o Doutor Delegado, imaginei que ele pudesse resolver o meu problema que era de conhecer meu pai, pois ele encontrou a sua maquina, nem mais sonhava de ver sua maquina um dia aqui em casa, já tinha pensado em pedir para a tia Carla para ela comprar um tanque de lavar roupa para a Senhor.
Depois de alguns dias chegou na casa da Dona Rosa um senhor que procurava por uma menina, que morava com a tal de Dona Julia, pois queria falar com uma menina que morava com essa senhora, dona rosa falou:
Aqui nessa casa não mora essa pessoa.
Seria esse senhor o pai da menina Lú?
Nunca mais retornou homem.
São José/SC, 17 de abril de 2.006
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