Livre (preso) Arbítrio ou Paradoxo Socrático
- Sai daqui!
- Vou ficar!
- Mas não te quero mais...
- Eu sei que tu me amas.
- Estou te liberando, vai-te embora.
- Deixa-me trancafiado, abraça-me.
- Eu não te amo mais.
- Tu não sabes o que dizes.
- Tu que não queres entender o que digo.
- Deixa-me te ajudar, fazer parte de tua vida...
- Afinal, o que queres de mim?
- Eu quero a ti, quero ser teu céu, teu...
- Bem, sempre foste ótima pessoa, acho que...
- Ah, queres saber? Não acho uma boa idéia.
- Por quê? Há pouco disseste tudo aquilo!
- Estava fora de mim, pensei melhor.
- Não! Fica comigo, quero te guardar, dá-me um abraço.
- Não gosto de apertos, tenho claustrofobia.
- Não entendes o que digo? Confesso, ainda sinto muito amor.
- Não sabes o que sentes, deixo-te livre agora.
- Finalmente, o que desejas?
- Qualquer coisa, menos estar contigo.
- Está bem. Sofrerei, mas tratarei de me esquecer de ti.
- Acho que és radical, talvez possamos conversar melhor.
- Nunca, não te amo mais.
- Tu não sabes o que dizes...
- Estou te liberando, vai-te embora.
- Deixa-me trancafiado, abraça-me.
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