Ferro nos estupradores
Nos casos de estupros, as crônicas policiais geralmente iniciam-se assim: Procura-se homem, branco (ou de cor), baixo (ou alto), magro (ou gordo), cabelos tais, aparentando tantos anos, suspeito de cometer estupros, tais...tais e tais. De agora em diante, certamente essas crônicas se iniciarão da seguinte forma: Foi preso no hospital tal, um homem da cor tal, tantos anos, que segundo sua Cédula de Identidade, chama-se tal e tal, por tentativa de estupro.
Por que se presume que será assim? Porque a pesquisadora sul-africana, Sonette Ehlers, 57 anos, desenvolveu um preservativo feminino anti-estupros, denominado de “rapex”que contém pequenas farpas metálicas que grudam no pênis do estuprador, que só pode ser retirado através de um cirurgião. De acordo com a inventora, o preservativo é introduzido no canal vaginal como os absorventes íntimos. Segundo a revista Veja, a novidade já causa uma grande polêmica no país. Entidades assistenciais temem que a camisinha aumente a violência dos estupradores contra as mulheres.
Segundo o Relatório da ONU de 2.004:
“A América Latina apresenta o maior risco de todos os tipos de agressão sexual combinados, com aproximadamente 70% dos incidentes descritos como estupros, tentativas de estupro ou agressões sexuais. As mulheres na América Latina, particularmente no Brasil e na Argentina, foram mais freqüentemente expostas a agressões sexuais em comparação com outras regiões do mundo.” Por isso, pensa-se que esse preservativo veio em boa hora e poderá num futuro bem próximo inibir os tarados de toda ordem e também os homens galinhas de saírem à caça de outras parceiras, temendo que suas mulheres, as verdadeiras, descubram e passem a usar o tal “rapex” como vingança.