Todo Poeta é Papai Noel
Na verdade, não sei como começar essa crônica natalina. O ar deste dia tão bonito, tão sorridente, me faz pensar em muitas coisas. Como dizer que todo poeta é Papai Noel.
Sim, é verdade. Nestes dias de presentes e de beijos, reencontros, abraços e felicitações, o poeta se faz presente para dar ao mundo um presente maior ainda: o próprio mundo.
O versar se transforma em espelho e nosso mundo vê como é lindo. Apesar dos problemas, vemos sorrisos em todos os cantos. As ruas que choram também sorriem. Todo poeta sabe que a felicidade está em nosso mundo, intrínseca à ele como um feto dentro da Terra grávida. A felicidade está vestida de placenta e se alimenta pelo cordão umbilical da esperança. Nossas preces são suas proteínas e quando estiver pronta vai ver o sol. O Poeta é o parteiro da felicidade. E mesmo quando versa sobre a tristeza, ele guarda em si a prece - a esperança - de ver um parto lindo. O útero da Terra está fecundado. O poeta finge, mas eleva-se nele a vontade de mostrar ao mundo como ele é de verdade, pois, nosso mundo está maquilado (como já disse anteriormente... há muito tempo atrás).
A poesia é o reflexo do mundo que sonhamos.
Sim, todo poeta é Papai Noel: ele dá ao mundo o verso que o enobrece. Resguarda em si o segredo que espalha à todos os cantos subjetivamente.
Então, se faça ouvir... Poetas, façam-se ser ouvidos. O mundo espera as palavras que vêm de teus versos... Presenteie o mundo com aquilo que ele é realmente: o nosso lar.
Feliz Natal, poetas e poetisas...