A humanidade anda à cata de milagres.
As doenças multiplicam-se em suas diversas variedades. Surge a cada dia um nome difícil de ser pronunciado, para denominar o que já foi, para muitos, apenas uma erupção, um descontrole nervoso, uma rejeição do organismo, uma íngua, um “mau olhado” ou um simples furúnculo.
A raiva, a ira, a inveja, a vingança pairam sobre nossas cabeças. O medo nos consome; as “síndromes de não sei o que” fazem a sua aparição de modo devastador; as pragas que atacam flora e fauna a cada dia recebem uma nova catalogação; a Mãe Terra revolta-se e fenômenos acontecem devastando, destruindo, tirando vidas, quase como no tempo de Noé. E então...buscamos a realização de milagres.
Quem não precisa ou espera um milagre?
Muitos aconteceram, de acordo com a Bíblia. Conta-se quarenta, feitos por Jesus Cristo. Sai Baba também faz milagres; Na gruta de Nossa Senhora de Lourdes, na França, pessoas dizem terem sido agraciadas e outras afirmam terem visto alguns; o Padre Cícero é tido como autor de inúmeros, no Nordeste do Brasil; Santos católicos, pastores protestantes e pessoas simples, moradoras em cidades do interior também são veículos para a realização desses fenômenos. Passes mediúnicos curam, operações à distância também curam, afirmam os agraciados. A sala da Igreja de nosso Senhor do Bonfim, na Bahia, destinada aos agradecimentos dos milagres alcançados, é repleta. Enfim, vários crentes, cristãos ou não, testemunham curas apenas com uma oração, a pronúncia de um mantra, uma doação para uma igreja, um simples toque nas vestes de um escolhido para tão nobre missão. Milagres estão acontecendo, milagres do tipo “crer para ver”.
Vamos, porém, prestar atenção, ficarmos atentos, abertos e receptivos, e então presenciaremos milagres a todo o momento. Você já pensou no milagre da água que sai pelo cano, enquanto toma seu banho? A molécula da água, você já viu? Já olhou por um microscópio o brilho das células do nosso corpo? Já prestou atenção ao caramujo carregando sua casa? Ao passarinho colocando um grão no bico do filhote? E uma casa construída pelo João de Barro, você tocou? Sabem que a onça fica uma noite inteirinha olhando a lua cheia? Já pensou no mistério das nossas caixinhas oculares e na rapidez que elas piscam? Já atentaram para as lágrimas? (emoção transbordando em forma líquida). Como galhos tão frágeis suportam tomates tão grandes? E a saída de um bebê do útero para o mundo? Sabem que ele sente o toque da mãe na barriga e movimenta-se para colocar-se pertinho do lugar que está sendo tocado? E uma flor desabrochando? Uma borboleta livrando-se do casulo e alçando vôo? Uma florzinha que nasce no cerrado? (se tirada de lá e plantada em outro local, morre). Já pensaram no cheiro que entra por nossas narinas? No arrepio da pele ao ser tocada? E o nascer e o pôr do sol, já se maravilharam com este acontecimento? Uma teia de aranha salpicada de orvalho? Com as galáxias? Com a doação e recepção de órgãos? O poder de um sorriso? A química do amor?
Pois é...Quanto milagre, não? Milagres do tipo “ver para crer”, que estão á disposição.
Penso que, à medida que “gastarmos” um tempinho curtindo tantos milagres, veremos outros, porque nós somos o milagre maior! Somos seres à imagem e semelhança do Criador. E, quando Ele e nós queremos, os milagres acontecem.
Que o milagre da Vida surpreenda você a cada instante!