MAROTO E MALHADO

Há muitos anos, quando minha família tinha um sítio, nasceu um bezerro que logo perdeu a sua mãe . Seu nome era Malhado...

No mesmo ano nasceu um jeguinho de nome Maroto, que foi abandonado pela sua mãe, no mesmo dia do seu nascimento, porque o pessoal que estava visitando o sítio, naquele dia, segurou o animalzinho no colo e fizeram aquela festa! Parecia um bicho de pelúcia, todo pretinho... Um encanto!

Disseram que a mãe perde o cheiro do animal e acaba agredindo o próprio filho... Coisas de animal...

O pessoal chorou muito ao deparar com aquela cena de rejeição !

O Malhado e o Maroto foram crescendo e se tornando amigos inseparáveis; pastavam o dia inteiro juntinhos e dormiam agarradinhos um ao outro. Aprontaram muitas travessuras, entravam dentro de casa para se enturmarem com as visitas que achavam aquilo uma graça!

Mas, como tudo que é bom dura pouco, o destino foi implacável para o Maroto; o lindo jeguinho querido por todos, sofreu um trágico acidente, causando sofrimento aos meus familiares e amigos que sempre visitavam o sítio.

O Malhado depois de algum tempo foi vendido para o sítio do vizinho...

De vez em quando ele se aproximava da cerca, olhando para todos os lados, procurando o seu companheiro Maroto. Com os olhos mansos, observava tudo e depois voltava para o seu pasto, vagarosamente...

Tenho uma foto do Maroto com a minha mãe, já falecida que retrata ela, na área da casa, erguendo a xícara de café numa das mãos e na outra o seu pãozinho, com o Maroto tentando pegar dela. Uma graça!

Helenice Rodrigues
Enviado por Helenice Rodrigues em 16/12/2008
Reeditado em 06/06/2024
Código do texto: T1339216
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