Minha maneira de redigir
Tem dias que fico imaginando sobre o que escrever. Penso, repenso e nada. Nenhuma idéia toma forma, nem que seja para o salvamento da lavoura. Nessas ocasiões muitos temas surgem e passam pela imaginação. Alguns querendo se sobrepor aos demais. Objetivando eliminar esta disputa, tento fazer mentalmente uma lista. Quando consigo, alguns ainda teimam e lutam para se destacar dos demais e chegam mesmo a se oferecer para serem escritos. Assemelham-se à bola de futebol que, na hora certa, se apresenta aos pés do atacante, pronta para ser chutada ao gol. O que fazer quando isto ocorre?
Calmamente utilizo o critério da prioridade e mãos à obra. Pensando em ter optado pela escolha certa, dou vazão à minha vontade de sentir a caneta deslizando sobre a folha de papel. Escrevo, apago e reescrevo. Quando acho que está no prumo, após ter tomado algumas precauções, dou vida ao nascituro. Mesmo assim, o dito cujo ainda fica como que maturando na forma, aguardando a hora exata de ser parido. Aparadas as arestas, finalmente, o texto ganha vida e recebe um nome e, ai sim, se apresenta humildemente para a avaliação do leitor.
Como hoje é o dia 20 de novembro, dia consagrado à Consciência Negra, quero então dedicar este texto ao grande, Zumbi dos Palmares e aos abolicionistas, José do Patrocínio; Rui Barbosa; Joaquim Nabuco; Castro Alves; André Rebouças; Luís Gama e Antônio Bento.