POVO, POLÍTICA E POLÍCIA
POVO, POLÍTICA E POLÍCIA
A sigla acima está em voga nos duas atuais. O que se vê no cotidiano são estas três palavras se interligando e a responsabilidade imposta atribuída a ambas é muito grande. Principalmente, em épocas de eleição onde as referidas se encontram juntinhas cumprindo o dever a elas atribuído pela Carta Magna do País, a Constituição brasileira. “Recorda o Divino Mestre que teceu lições inesquecíveis em torno do vintém de uma viúva pobre, de uma semente de mostarda, de uma dracma perdida... Faze o bem que puderes”. O bem está à disposição de todos, mas o homem com sua irreverência - prefere o mal em detrimento do bem. E para complicar a situação quando deixa o mal de lado vai se imantar ao instinto. As vésperas de qualquer período eleitoral as palavras que servem de título para a matéria se entrelaçam.
Promessas, disputas de votos, corrupção, “compra de votos” fazem o écran político no Ceará, no Brasil e quiçá no mundo. Resta agora o vitorioso cumprir suas promessas de campanha. A prefeita de Fortaleza Luizianne reeleita para mais quatro anos teve sua maioria de votos na periferia de Fortaleza. As mudanças previstas eram esperadas com expectativa e a execução das promessas era só questão de tempo. Para nossa surpresa na periferia nada mudou, aliás, piorou. As ruas continuam sujas, cheias de buracos e que tem veículo se queixa dos prejuízos. Onde estará a Fortaleza bela tão decantada em prosa e verso? A Rua Tristão Gonçalves no centro da cidade faz vergonha ao mais humilde fortalezense. Parece uma pocilga onde tudo se comercializa, inclusive objetos fruto de assaltos e roubos. A feira dos “malandros”, o beco da poeira são cenários tristes, feios, convivendo com a sujeira, a fedentina e a arquitetura horripilante das praças José de Alencar e da Lagoinha. José de Alencar um dos maiores escritores brasileiros merecia coisa melhor.
O ponto de apresentação das grandes peças convive com o mercado persa que se formou naquele logradouro público. Quem vai ao teatro sai envergonhado com certeza. As ruas do centro com bueiros, bocas de lobos entupidas, exalando mal cheiro a toda instante, a toda hora. Quem passa pela Praça do Ferreira se enfarta com o mau cheiro de urina. Um amontoado de lojas com coberturas velhas e ultrapassadas podem a qualquer hora provocar um acidente com vítimas fatais. É difícil encontrar uma rua limpa no centro e além do mais a água estagnada é um perigo para a saúde humana. A maioria dos esgotos dos calçadões está coberta por tábuas que os donos de lojas colocam para proteger seus clientes e transeuntes. É uma vergonha para a quarta capital do Brasil. Temos que levar o progresso para a periferia e aliviar o centro da cidade.
O progresso na periferia diminuiria o desemprego e o índice de violência diminuiria com certeza. Outro ponto que denota a falta de paisagista na prefeitura são os aspectos macabros das grandes avenidas que cortam a periferia de Fortaleza. Não existe conservação. Quando o mato está seco, a areia toma lugar dos canteiros centrais. A quantidade de pedras portuguesas soltas é uma falta de respeito com o dinheiro público. A Rua Franco Rocha uma água fétida corre anos a fio.
A Cagece diz que é responsabilidade da prefeitura e a prefeitura diz que é da Cagece. O jogo do - empurra, empurra e o prejudicado é sempre o consumidor. Poderíamos passar anos a fios falando dos problemas da cidade, mas a prefeita precisa arrochar mais seus diretores de regionais. É verdade que obra enterrada não dá voto, mas saneamento básico é primordial para o crescimento de qualquer cidade. Ruas consideradas violentas a polícia não poder atender a contento os chamados, pois as viaturas ficam impossibilitadas de adentrar aos locais, pois a sujeira e a lama são pontos fortes da incompetência política.
O governo estadual precisa trabalhar em sintonia com a prefeitura de Fortaleza, visto que estamos esperando o resultado da peleja de quem cava mais buraco na cidade. “Aprendamos a compreender cada criatura no problema em que se encontre. Viver de qualquer modo é de todos, mas viver em paz ‘consigo mesmo’ é serviço de poucos”. O viaduto do Bairro Antonio Bezerra virou favela. Será que a prefeitura tomou conhecimento?
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE