EM BUSCA DA BELEZA COM CRITICIDADE
EM BUSCA DA BELEZA COM CRITICIDADE
Marília L. Paixão
Há pessoas que não estão nem ai para a gente. Você vai lá faz uma visitinha cordial, se encanta com as letras, se expressa às vezes até com uma palavra só, mas deixando sua marca de elogio, pois se não há o que elogiar, nada é preciso dizer. No entanto essas pessoas parecem ter o nariz maior que o nosso ou o tutuzinho menor que o nosso e nem um misericordioso thank you são capazes de dizer. Aliás, nem é preciso agradecer, pois haja tempo para agradecer devidamente a todos que nos apreciam. Mas um sinal de vida é bem-vindo até para o mais humilde cristão mesmo se elas se considerarem do tipo que não dão pérolas para os porcos.
Baseado nisto eu fico refletindo sobre os tipos de pessoas. Essas caso tenham narizes grandes é melhor não espetar ou caso tenham tutuzinhos pequenininhos demais é melhor não chegar muito perto. Afinal o cheiro pode ser pior que o do nosso. Se depois que viramos pó nos tornamos todos iguais, enquanto seres vivos somos a mesma coisa também. É ou não é?! Outras diferenças fazem partes das bolsas de valores, mas aqui estamos nós unidos ou reunidos no mundo das letras e não dos números.
Nesta altura do texto alguém estará pensando que me aborreci com alguém ou que tem muita gente me devendo visitas. Nada disto! É bem provável que eu deva mais visitas que o contrário. Eu com meu nariz comum e o tutuzinho também. Mas como gosto de escrever sobre coisas que podem acontecer com qualquer um escolhi este acontecimento que deve ser comum por aqui. Justo eu que devo visitas à Rejane Chica e muitas outras pessoas que têm me dado tanto prazer com as suas.
Na verdade estou através deste texto mudando o rumo do meu sábado. Fui lá fora sorrir e acabei andando bastante de bicicleta. Toda vez que pedalo vou me rodeando de idéias e pensamentos novos. Podia ter dois sábados na semana para eu pedalar idéias diferentes e pudesse escrever sobre todas elas. O ideal seria se eu pudesse parar a cada cem pedaladas e escrevesse o turbilhão de bobagens interessantes que me vêm em mente. Eu já falei que eu sou metida a gostar das minhas próprias coisas?!
Tem coisas que penso e acho imperdíveis e acabo considerando felizes as pessoas que têm acesso a elas. Minha amiga Zélia Freire chama isso de Narcisismo. Eu não sei de que chamo. Eu acho é que busco aumentar minha beleza conforme disse no texto anterior e sempre penso que as pessoas que têm muitas idéias e pensamentos bons são pessoas belas. É isso que eu quero ser. Mas se pareço o contrário, desculpe-me. Hoje eu já fiz de tudo um pouco, até chorei sem desejar. Mas como já consegui me sentir feliz de novo nem me importo de ir lavar vasilhas.