Oremos!
Foram horas a fio. Foram dias intermináveis de ansiedade e turbulência emocional. O coração pulou por experiências afoitas e descompassadas. Foi. Dias de euforia, de alegria, de decepção, foi pra lá a moral, a falta de moral, o amor, a falta de vergonha, o pudor. Ficou lá a energia, alguma alegria e alguma agonia. No meio de tantos, de tanto, havia muita coisa diferente. Universos que não ousavam se cruzar, sequer se olhar. Medos perdidos, que se acharam, e se resolveram, por lá mesmo, no meio do mato, sob todo aquele calor. Ressurgiu da raiva descontrolada, aquela sagaz vontade, o ardor do desejo. Passou, ficou pelas linhas, pelas calçadas, pelo celular, pelas músicas cantadas de olhos fechados, pra tudo passar. Ficou bem destribuido, pra nunca mais eu poder remontar. Voltou o cansaço, a dor de cabeça, a moral abalada, sorrisos e histórias pra contar. Voltou também a calmaria de um sentimento, a confusão de um tormento, e a dúvida do que será. Chegou aqui a sensação de perda, e objetos realmente ficaram pelo caminho. Percorrendo cidadelas, realidades diversas são facilmente destacadas, e a reflexão durante as horas de viagem é inevitável. Durante um perrengue constrangedor, durante a mágoa de um amor, a gente pode notar, que existe muitas patologias assolando o mundo e a alma. A patologia da inveja, da fome, da maldade, da falta de personalidade... Aterrando cada ser humano. Pronto, as horas dentro de um meio de locomoção acabaram, veio o sorriso do reencontro, o fechar do olho do arrependido, o calar pretencioso, a omissão de abaixar a cabeça. Aqui dentro depois do passeio, tá tudo a mil, tem mágoa nova, tem sorriso novo, tem medo, mas ainda tem espaço pra novidade, assim como pro passado voltar. Que volte o sorriso despretencioso, o abraço convicto e a certeza contente.