Velha Infância
Vida agitada. Corre-corre da grande cidade. Aqui, tudo escapa num “piscar de olhos”. Foi num daqueles passeios entre bairros, na estação-integração. Era uma local de grande movimento, mal o “coletivo” parava e já lotava de passageiros.
Naquele dia, com muita sorte, entrei e tomei um assento muito confortável, ao lado da janela. Repentinamente, um menino de aproximadamente dez anos, assustado com o barulho do motor, gritou.
Naquele dia, com muita sorte, entrei e tomei um assento muito confortável, ao lado da janela. Repentinamente, um menino de aproximadamente dez anos, assustado com o barulho do motor, gritou.
- Moço, moço... Para, para!
Todos ficaram perplexos e logo perceberam que o jovem infante havia entrado sozinho e sem companhia. Em voz alta, um Senhor* de meia idade informou ao condutor que a mãe do menino, desesperada, estava do lado de fora. Daí então, o motorista parou a condução e tudo ficou resolvido.
A Senhora deu um abraço muito forte no garoto e o inesperado aconteceu: a criança desmanchou-se em lágrimas. Todo mundo ficou comovido e com os olhos umedecidos. Talvez, como forma de resgate da velha infância.
- A simplicidade da vida pode ser percebida nos seus mínimos detalhes.
*Grande lição de solidariedade dos passageiros do ônibus.
(Imagem: Google Search)