RUA DA FELICIDADE - NATAL
RUA DA FELICIDADE
Marília L. Paixão
Aqui estou eu só com o meu nome e mais tantas pessoas frente a frente enquanto eu queria estar só com o vento do coqueiro que balança meus cabelos.
Lá no congelador há de tudo enquanto o som toca as músicas belas que só corações felizes escolheriam. Ana escolheria você para tocar o dia inteiro enquanto Chris de Burgh canta a lady in red.
Estou de costas para o mar negro. Prefiro o mar claro da nova manhã. Talvez o mar negro revele um pouco dos meus medos. Medo de me queimar com o fogo de alguma arma quente. Medo de me queimar com o doce das trufas ou dos sorvetes . Medo das sombras dos passados. Medo do amores não sonhados.
Por tudo isso Ana dança a dança que dançaria os pares. Ana que não dança e nem canta dança e canta. Ana não vê a hora do dia clarear. Ela gostaria de agradecer o bem-feitor. Ana sabe que alguns reis parecem com o redentor, outros são verdadeiras rainhas e por isso dão nomes às ruas. Essas ruas são como as da felicidade que bate por culpa sua.