crédito Foto: http://www.mundolatino.org/graficos/ostra2.jpg
OSTRAS FERIDAS
Todas as manhãs, lá estão eles revirando as latas, como cachorros vagabundos procurando comida.
Todas as manhãs, eles acordam às quatro horas da manhã para chegar primeiro às ruas e quem sabe, ter sorte no garimpo do lixo.
Todas as manhãs, eles se preparam para uma competição sem vencedores.
Precisam ser hábeis e ágeis para não morrerem de fome.
Precisam ter tino pro negócio, para continuarem no páreo.
Todas as manhãs eles se transformam em urubus para devorarem as carniças.
E nos lixões, sem misturam literalmente com eles.
Todas as manhãs, precisam encarar a vida de frente e não desistir de lutar faz parte da vida dessas milhões de pessoas no mundo inteiro, os Catadores de Lixo.
A humanidade, em toda sua história, obedece uma trajetória econômica onde o ser humano é colocado em castas, ou talvez , em cascata.
A casta superior se lança a qualquer vento, esmagando a casta abaixo e assim sucessivamente.
Essas pessoas, porém, são persitentes e vão tentando superar os desafios, sob o calor do sol ou a água da chuva.
Sua sobrevivência é consequência direta de sua força interna refabricada a cada dia.
Os Catadores de Lixo nem sabem, mas despertam em mim um sentimento de profunda admiração
Vejo-os como soldados num campo de batalha Cada um no seu papel. Cada um com sua arma.
Não sei que tipo de emoção carregam em seus corações.
Se de revolta, por estarem ali invadidos pelos cheiros fétidos.
Se de esperança, por a qualquer momento a oportunidade bater-lhes à porta e algum objeto de valor for encontrado.
Se de alegria, pela consciência da importância de seu trabalho para a natureza e para a humanidade.
Se de fé, por acreditarem e terem certeza que um dia suas vidas irão mudar para melhor.
Não importa.
Os catadores de lixo são, extraordinariamente, catadores de sonho.
E como catadores de sonho, se transformam em ostras e produzem pérolas.
Dizem que as pérolas “são produtos da dor”. Um grão de areia ou um parasita invade o interior da ostra e a transforma em pérola.
"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."
Então, nossos Catadores de Lixo são, definitivamente, ostras feridas.
OSTRAS FERIDAS
Todas as manhãs, lá estão eles revirando as latas, como cachorros vagabundos procurando comida.
Todas as manhãs, eles acordam às quatro horas da manhã para chegar primeiro às ruas e quem sabe, ter sorte no garimpo do lixo.
Todas as manhãs, eles se preparam para uma competição sem vencedores.
Precisam ser hábeis e ágeis para não morrerem de fome.
Precisam ter tino pro negócio, para continuarem no páreo.
Todas as manhãs eles se transformam em urubus para devorarem as carniças.
E nos lixões, sem misturam literalmente com eles.
Todas as manhãs, precisam encarar a vida de frente e não desistir de lutar faz parte da vida dessas milhões de pessoas no mundo inteiro, os Catadores de Lixo.
A humanidade, em toda sua história, obedece uma trajetória econômica onde o ser humano é colocado em castas, ou talvez , em cascata.
A casta superior se lança a qualquer vento, esmagando a casta abaixo e assim sucessivamente.
Essas pessoas, porém, são persitentes e vão tentando superar os desafios, sob o calor do sol ou a água da chuva.
Sua sobrevivência é consequência direta de sua força interna refabricada a cada dia.
Os Catadores de Lixo nem sabem, mas despertam em mim um sentimento de profunda admiração
Vejo-os como soldados num campo de batalha Cada um no seu papel. Cada um com sua arma.
Não sei que tipo de emoção carregam em seus corações.
Se de revolta, por estarem ali invadidos pelos cheiros fétidos.
Se de esperança, por a qualquer momento a oportunidade bater-lhes à porta e algum objeto de valor for encontrado.
Se de alegria, pela consciência da importância de seu trabalho para a natureza e para a humanidade.
Se de fé, por acreditarem e terem certeza que um dia suas vidas irão mudar para melhor.
Não importa.
Os catadores de lixo são, extraordinariamente, catadores de sonho.
E como catadores de sonho, se transformam em ostras e produzem pérolas.
Dizem que as pérolas “são produtos da dor”. Um grão de areia ou um parasita invade o interior da ostra e a transforma em pérola.
"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."
Então, nossos Catadores de Lixo são, definitivamente, ostras feridas.