O paraíso ensolarado
Enquanto ouço o som dos acordes e escuto essa linda música, posso sentir que estou viva.
E grito para me sentir ainda mais viva.
Sei que esse dia não irá acabar agora, não será o último, que a melodia não irá escapar.
Entre essa explosão de sentimentos, eu sinto amor pela música e olho para quem a toca com desdém.
Sim, orgulho por sentir a música na minha alma.
Desprezo por quem a toca não fazer isso com paixão.
Se eu sair daqui agora, sei que mais a frente encontrarei coisas novas e inimagináveis, mas deixarei tudo para trás.
Todavia, os mesmos passos que sigo são os que vou querer seguir amanhã.
Se eu tapar o sol com a mão esquerda vou ficar ainda com a direita livre, mas não consigo observar o que há a frente com clareza.
Se eu tapar o sol com as duas, conseguirei enxergar perfeitamente, mas nenhuma estará livre.
Não quero ter que escolher entre apenas duas opções, quero criar uma terceira.
E se eu não tapar o sol e correr em direção ao lugar que quero conhecer...
Encontro um lindo paraíso. O lugar perfeito para tudo, e que não se acabará, não pesaparecerá, não desagregará...
Irá se eternizar, porque aqui eu canto e toco aquela música.
Aquela que me dá vida, me dá forças...
E me faz achar o lugar a que pertenço.