UMA MOÇA CHAMADA CEM CONTOS
Existe certa cidadezinha do interior do estado do Paraná, onde de tudo acontece. Mas, esta história também é muito interessante.
Vivia na pequena aldeia, em 1965, mais ou menos uma pequena família. O pai, a mãe e uma filha com 18 anos. O pai era vendedor de bilhetes de loteria na região. E sempre lá estava o seu Lazinho:
- Compra bilhete! Compra bilhete!
Dona Maria, a mulher, algumas vezes o acompanhava pelas ruas da cidade. E eram felizes. Viviam muito bem. Sônia, a filha era muito bonita. Morena alta, seios fartos, um belo trazeiro, cheirosa, e dentes perfeitos. Lazinho gritava:
- Cobra, carneiro, veado, arrisque a sua sorte!
Até que um dia um rapaz de longe, comprou um bilhete, uma fração. E esta fração lhe deu o prêmio de Cr$ 200 mil cruzeiros. O Rapaz ficou muito feliz. O Seu Lazinho muito mais. Ficaram amigos. E começaram a festejar juntos. Lazinho, Romeu o sortudo, Maria e Sônia, a filha bonitona. Bebiam, se embriagavam, dormiam, saravam, e voltavam para o bar.
Numa dessas Lazinho, chamando num canto, propôs ao Romeu:
- Quer casar com a minha filha?
O Rapaz que já estava enamorado, aceitou prontamente.
- Sim, quero!
- Péra aí! Tudo tem seu preço! Eu quero cem contos na menina, concorda?
- Feito, eu aceito!
Imediatamente o rapaz fez o cheque.
Sônia concordou. Foram festejar. Romeu usou e abusou da sua compra. Até que um dia Lazinho descobriu que o rapaz era casado e que iria voltar para a sua casa em Minas Gerais. Imediatamente, Lazinho desfez o acordo. Devolveu uma parte boa do dinheiro. Mas a cidade toda chamou durante muito tempo as duas mulheres, mãe e filha de “CEM CONTOS”. Elas tinham virado mulheres de vida fácil. O que o dinheiro não faz!
Theo Padilha, 11 de setembro de 2008(credo).