NUVEM PASSAGEIRA

“NUVEM PASSAGEIRA”

Hoje ouvi uma música que marcou muita gente nos anos 70, inclusive a mim, que na época por ser uma criança, a achava linda e adorava cantá-la, mas não tinha a compreensão da beleza de sua letra. Ouví-la, depois de tantos anos, foi um deleite.

“Eu sou nuvem passageira, que com o vento se vai. Eu sou como um cristal bonito que se quebra quando cai. Não adianta escrever meu nome numa pedra, pois essa pedra em pó vai se transformar. Você não vê que a vida corre contra o tempo, sou um castelo de areia na beira do mar… Por isso, o que quero é cantar na chuva… Eu vou deixar em dia a vida e a minha energia… Eu sou nuvem passageira”…

Hermes Aguino, o inspirado autor dessa letra, nos coloca desnudos, diante de nossa incontestável e irrevogável “impermanência”. Todos somos nuvens passageiras que com o vento se vai. Porém, assim como elas, podemos assumir muitas formas. Não nos é natural a rigidez, por isso possuímos “juntas flexíveis” com isso, nosso corpo físico, nos mostra que nossa essência também pode e deve ser assim.

Nada é para sempre, “não adianta escrever meu nome numa pedra, pois esta pedra em pó vai se transformar”. Pertencemos a grande roda cíclica da vida e ela “corre contra o tempo” e tudo que aqui está , que um dia foi criado, não passa de “um castelo de areia, na beira do mar” que embora, grande e belo vai deixar de existir, pelo menos naquela forma. Portanto, diante dessa imutável condição “quero agora é dançar na chuva” e viver de forma intensa cada instante, para que quando tome outra forma de ser, possa sentir que deixei a vida em dia com a minha energia. “Eu sou nuvem passageira”…

IAKISSODARA CAPIBARIBE.

IAKISSODARA CAPIBARIBE
Enviado por IAKISSODARA CAPIBARIBE em 04/09/2008
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