Réquiem para o Aluízio Zaiden França
Não poderia de maneira alguma me esquivar e deixar passar em branco, me furtando de tecer alguns comentários sobre a figura humana do amigo, Aluízio Zaiden França, que precocemente partiu desse mundo deixando uma lacuna impreenchível no seio da sociedade jataiense. Esse amigo era descendente de um dos fundadores da cidade, portanto de estirpe nobre, o que implica dizer, que, nem por isso, ostentava algum tipo de orgulho ou qualquer tipo de discriminação contra seu próximo. Muito pelo contrário, era amigo de todos e seu passamento provocou uma lamúria geral por parte de seus inúmeros amigos espalhados nos vários cantos do país. Pela sua maneira de ser, simples, amistosa e generosa, me leva a crer que quem perdeu mesmo, foram os que ficaram nesse mundo de vaidade e de ambição. O Aluízio era um “gentleman” na maior acepção da palavra. Na realidade era uma pessoa bem-querida por todos e, por isso, quero acreditar que sua alma já recebeu, muito meritoriamente, as várias preces de seus amigos que ainda se encontram neste plano terreno. Em suma o amigo era uma pessoa que estava na frente de seu tempo e, sem sombra de dúvida, representa um farol de dignidade a ser seguido por todos. Dito isto, quero fazer minha, a letra da música de Fernando Brant e Milton Nascimento que diz:
“Amigo é coisa para se guardar. Debaixo de sete chaves. Dentro do coração. Assim falava a canção que na América ouvi. Mas quem cantava chorou. Ao ver o seu amigo partir.
Mas quem ficou, no pensamento voou. Com seu canto que o outro lembrou. E quem voou, no pensamento ficou. Com a lembrança que o outro cantou.
Amigo é coisa para se guardar. No lado esquerdo do peito. Mesmo que o tempo e a distância digam “não”. Mesmo esquecendo a canção. O que importa é ouvir. A voz que vem do coração.
Pois seja o que vier, venha o que vier. Qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar. Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.”
Como diria o grande filósofo alemão, Goethe: “O que passou, passou, mas o que passou luzindo, resplandecerá para sempre”. Receba então, prezado amigo, “Luiz do Cyllenêo”, em qualquer dimensão que esteja, esta singela homenagem, que tenho certeza, representa consenso entre todos os seus amigos.