O telefone III

E mais uma vez o som agudo da campanhia do telefone me arrebata de meus pensamentos. No mesmo ambiente onde histórias foram vividas,restou o clima de um sonho..Um sonho que foi maior que todas

as dificuldades,as palavras,os atos,e ele, este sentimento tão sutil e tão concreto que nos faz romper as barreiras de nosso próprio orgulho,fazendo nos render pacificamente a suas regras, tentamos encontrar resposta para aquilo que é tão óbvio,mas a medida que o tempo passa,esse mesmo relógio nos consome,nos envolvendo em uma teia que nós mesmos criamos, e somos assolados por essa dor que atormenta e engrandece,arrebata, e ao mesmo clareia nosso espírito fazendo nos percebermos que somos gente,que erramos,mas desejamos acertar,que ferimos,mas perdoamos,que a raiva nos atinge,mas sabemos no fundo que verdadeiramente amamos.

E mais uma vez o mesmo número,o mesmo silêncio... E o clássico alô é apenas para exercer um interlóquio inveitável,mas rompendo o seu próprio cárcere uma voz suave,conhecida se faz ouvir...E surpreedeentemente dizendo que deseja ouvir...Mas o que dizer se essas coisas podem apenas ser sentidas.. E não há loucura quando o coração rompe a luz da razão e tenta encontrar o remédio tão amargo que é o sentir de saudades...Saudades por vezes de si mesmo..De uma vida onde o lampejar da liberdade dava o sentido de ser gente...Que pequenas coisas tornavam se imensas,que os pequenos detalhes eram vividos e sorvidos com o mais puro gozo...Que não havia distancias para ser percorridas...Que o crescimento do outro seiginificava o crescimento de si mesmo... E que o presente torna se tão perigoso,quanto a mais terrível das armadilhas do destino...Mas vivemos e somos mantidos por sentimentos, e eles regem nossa existência..Sem esses sentimentos que como correntes presas em nossas mãos,ficamos atados e apenas representamos um atitude ou uma situação a qual não somos o que somos... E assim mais uma vez,num imenso ato de coragem após poucas palavras...O sinal mais um vez cai..Neste escuro..Nesta barreiras.. Que nós mesmo criamos....

Dhow

Quase meia noite do dia 29/08/2008

Um ano. Um trsite ano.