TV DIGITAL, ATÉ QUANDO?

TV DIGITAL, ATÉ QUANDO?

Eu nasci no tempo em que o rádio ficava na sala com uma única pilha que pesava vinte quilos e uma antena de um material estranho pairando sobre uma haste de bambu lá no terreiro.

A palavra computador, CD, DVD, celular nunca se falava. Eram palavras desconhecidas naquele tempo.

Depois apareceram os gravadores em fita KCT e as vitrolas que tocavam discos de até doze faixas, seis de um lado e seis do outro. Os discos de dezoito rotações ficaram no passado! Era uma coisa maravilhosa, uma novidade encantadora.

Mais tarde apareceram os aparelhos onde funcionava o rádio, tocava os discos vinis sem que a gente colocasse as mãos e as fitas também, até gravavam vozes da gente! Nossa! Chamávamos estes aparelhos de três e um.

A televisão eu só fui ver pela primeira vez em mil novecentos e setenta. O sistema era em preto e branco, uma cachola enorme de madeira que levava de dez a quinze minutos para aparecer as efígies. Imagens que traziam Derci Gonçalves, Hebe Camargo, Ivan Cury, Ronaldo Rayol, Ângela Maria, Flávio Cavalcante, Raul Gil e tantos outros da época.

Mais tarde vieram os aparelhos sofisticados para todos os ambientes, inclusive nos automóveis.

Hoje falamos de TV digital, MP7, e tantos outros termos que não dá para acompanhar.

Eu me apreço nesta página para falar da TV digital.

Vejo como um projeto ambicioso, mais do que levar imagens de alta definição nas casas das famílias brasileiras. Pois é um levar e trazer, pois o telespectador terá a oportunidade de interagir na programação da televisão em que ele está assistindo.

TV digital: uma televisão de alta definição, uma codificação digital de imagens no sistema plasma ou LCD, celular ou palmtop, etc. Um sistema televisivo onde só e possível com a compreensão de imagens. Compreensão de imagens que nós já temos em DVDs.

Não precisaremos trocar as nossas televisões para o sistema digital, apenas o conversor que teremos de comprar por um valor nem sempre acessível a todos e pronto.

A meu ver, seria muito melhor se o governo ao invés de desativar daqui a uns oito ou dez anos os satélites, implantasse um satélite digital.

Digo isto porque tantas e tantas famílias por esse Brasil a fora compraram antenas parabólicas. E adquiriram para ter imagens televisivas melhores em suas casas. Agora ficam numa situação um pouco constrangedora, inclusive eu. Com certeza comprarei esse tal aparelho conversor só quando de fato o satélite que emite imagens para a minha televisão for desativado. Quem sabe até lá os conversores estarão mais baratos.

Deve ser por isso que o sistema digital em São Paulo não está funcionando. A maioria das pessoas que moram lá também passa por dificuldades financeiras. Nem sempre temos quatrocentos ou mais reais disponíveis.

Sendo assim, nós vamos usando os chapéus mexicanos em cima de nossas casas mesmo.

TV digital é boa, mas vamos de vagar!

É isso!

Acácio

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 25/08/2008
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