Os limites que a morte nos impõe
Perder um ente querido, por qualquer causa que seja a morte, é algo realmente que nos traz uma sensação de incapacidade imensa. Aceitar ou rebelar são caminhos que podemos tomar.
No dia da morte, muitas pessoas estão ali, e nós costumamos a aceitar. A hora do enterro é tenebrosa. Os dias seguintes são insuportáveis, não dá vontade nem de levantar da cama. Há também momentos de revolta que brigamos com Deus e todo mundo, fazendo do mau humor generalizado uma constante.
A morte nos impõe limites difíceis de lidar - o limite de nunca mais ver, nunca mais falar, de ter deixado de falar e fazer tantas coisas.
Porém essas limitações forçadas, também nos ensinam que ainda existem pessoas que necessitam da gente, e que o mau humor eterno não trará ninguém de volta e muito menos ficar enclausurado. A vida segue em frente, como diria em sua música o Cazuza: "... o tempo não pára...".
Então é hora de lentamente impor outros limites - o limite de ter direito a chorar, de sentir saudades, mas também o limite de não ser egoísta, de se divertir, de não sentir culpa, o limite de deixar o ente querido descansar em paz.
07/07/2008
Perder um ente querido, por qualquer causa que seja a morte, é algo realmente que nos traz uma sensação de incapacidade imensa. Aceitar ou rebelar são caminhos que podemos tomar.
No dia da morte, muitas pessoas estão ali, e nós costumamos a aceitar. A hora do enterro é tenebrosa. Os dias seguintes são insuportáveis, não dá vontade nem de levantar da cama. Há também momentos de revolta que brigamos com Deus e todo mundo, fazendo do mau humor generalizado uma constante.
A morte nos impõe limites difíceis de lidar - o limite de nunca mais ver, nunca mais falar, de ter deixado de falar e fazer tantas coisas.
Porém essas limitações forçadas, também nos ensinam que ainda existem pessoas que necessitam da gente, e que o mau humor eterno não trará ninguém de volta e muito menos ficar enclausurado. A vida segue em frente, como diria em sua música o Cazuza: "... o tempo não pára...".
Então é hora de lentamente impor outros limites - o limite de ter direito a chorar, de sentir saudades, mas também o limite de não ser egoísta, de se divertir, de não sentir culpa, o limite de deixar o ente querido descansar em paz.
07/07/2008