SITUAÇÕES ADVERSAS
SITUAÇÕES ADVERSAS
Será que nossa sociedade está se tornando esquizofrênica? Nossas vidas são exemplos de novos comportamentos que se encaixam com perfeição ou mesmo com dificuldades nos diversos e múltiplos estilos, aliando-se aos preceitos de nossa vida. Muito se fala e se especula em “negoférias”, por ser um misto de negociações especiais imantado com férias. Muitos indagarão: isto dá certo? Claro que sim! Unir útil ao agradável sempre foi de bom alvitre. Trabalho, família, férias se transformam em mudanças econômicas. Bebida regrada e controlada, “controversa alternativa para alcoólicos anônimos (AA)”. Poderia de pronto esquecer de vez a violência das grandes metrópoles e ausência total dos programas televisivos que não mudam de tom. A cantiga da perua é uma só. Temos ouvido falar em “ambição horizontal”, o que seria isto? Seria a oportunidade que nos levaria a procurar e encontrar valores mais altos do que apenas o sucesso “vertical”. Esse sucesso se transformaria juntamente com o “pragmatismo prematuro”, que se apodera dos jovens com foco totalmente desordenado no futuro de sua economia. Palavra derivado do inglês pragmatism, na filosofia refere-se às doutrinas de C. S. Peirce (v. peirciano), W. James (v. jamesiano1), J. Dewey (v. deweyano) e do literato alemão Friedrich J. C. Schiller (1759-1805), cuja tese fundamental é que a verdade de uma doutrina consiste no fato de que ela seja útil e propicie alguma espécie de êxito ou satisfação. Caráter próprio do pragmatismo de C. S. Peirce (v. peirciano) que afirma que o conceito que temos de um objeto nada mais é que a soma dos conceitos de todos os efeitos concebíveis como decorrentes das implicações práticas que podemos conceber para o referido objeto; pragmaticismo nas formas usuais de ativismo, humanismo e naturalismo.
O naturismo e a concepção daqueles que tudo espera das forças da natureza, a valorização excessiva dos agentes físicos naturais, como banhos, irradiações como métodos terapêuticos. Por falar em métodos terapêuticos nossa querida Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, a cada dia que passa se descaracteriza, e se transforma num planeta esburacado, de esgotos entupidos, saneamento básico inexistente, obras iniciadas que não se completarão, sem contar à sujeira que toma conta da loira e desposada do sol. A zona rica da cidade está suja, a zona pobre nem se fala. Na maioria das ruas e avenidas de Fortaleza existem buracos homéricos e já demos uma sugestão: colocar em cada um deles uma bandeira do PT (Partido dos Trabalhadores), só assim a cidade ficará com um colorido vermelho especial. Quando a sociedade se movimenta com muita rapidez os deslizes são notados com mais freqüência. Nós precisamos um dos outros para viver bem e melhor, mas nossos governantes só querem sugar o povo com impostos absurdos e miseráveis. Viadutos na zona sul são limpos, enquanto na zona Oeste hospedam famílias desabrigadas e a sujeira toma conta do local. Sabemos que os direitos são iguais perante a lei, mas na prática esse direito inexiste e irá permanecer assim por longos anos.
A ambição política deveria ser horizontal - não a ambição no sentido tradicional, vertical, de mais dinheiro e poder, mas no sentido de criar uma vida rica em relacionamentos e experiências, acreditando que o sucesso virá depois. Aprendi essas nuanças com o mestre Adam Hanft, escritor estrategista e crítico da mídia. A tendência de reversão só alcançará sucesso com denodo, dedicação, trabalho voltado para a sociedade independente de riqueza ou pobreza e não se desligar dos problemas da capital que são intermináveis. Essa é a Fortaleza de hoje. Esquecida, sofrida, suja, esburacada, infestada de feiras persas por todos os lados, praças depredadas, transporte precário, saúde sem saúde, educação deseducada e trânsito louco e desorientado e quem está para orientar, só serve para punir e multar. Saudades da Fortaleza de outrora. Quando se pensa em passeiar pelas ruas da Fortaleza “bela”, a alegria se une a vontade de chorar. Vamos chorar só assim aliviaremos as tensões do dia-a-dia. Fortaleza -dizimaram a tua beleza, as tuas belas praças foram assaltados, os ornamentos sumiram, e nada nos locais vazios. Bem que as esculturas poderiam ser refeitas em pedra sabão ou cimento trabalhado, a praça dos leões hoje de leão nada existe. A da Lagoinha nem lagoa tem a Praça José de Alencar e da Sé, se transformaram em feiras ambulantes. Faz pena e dó e já estão matando o Parque do Cocó. É muita ironia, muito desprezo para com a quarta capital brasileira. As eleições vêm aí e nossa vingança será maligna. Bento Carneiro, vampiro brasileiro, vupt...
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-ALOMERCE E AOUVIRCE