COLHENDO MORANGOS

MARÍLIA L. PAIXÃO

Triste a noite cai. Alegre a manhã virá. Mas está longe. Por enquanto só sei que diminuí meu café. Será que hoje não estou para escrever? Quem sabe eu precisasse mais de uma conversa com alguém. Acho que as letras estão cansadas de mim. Deveria me aventurar na sabedoria dos outros como diz a Zélia? Espere ai que vou pensar em um sábio.

Mas qual? De onde eu tiraria um tão rapidamente como nossa grande amiga? Já sei! Vou ao Google!!! Que na estante aqui de casa tem mais é gramática! Que coisa mais antipática! Quase todo aluno odeia. Mas adivinha quem eu achei na busca? Um dos queridos da Zélia, o Erasmo de Roterdã. E a seguir o porquê eu o escolhi. Dizia ele: a primeira fase do saber é amar os nossos professores.

Não é que eu gostei disso?! Mas eu gosto mesmo é de eu ficar dizendo coisas... Eu gosto é de escrever coisas bobas, tipo “I Love you”. Eu gosto é de ficar olhando os morangos cobertos lá longe sem me perder pela estrada. Qualquer dia destes eu quero ver um dos meus alunos colhendo morangos e assim e se me permitirem eu vou colher um para você.

É bom sabermos como são outras terras. A nossa vida é uma, mas existem tantas outras. Preciso parar e melhor me situar quanto ao tempo e espaço. Talvez assim possamos conhecer mais rápido o coração dos que nos rodeia e sorri sem a gente perceber.

Passeando pela net podemos encontrar nomes como Waleska Zibette e Sarah Simon. Mas como descobrir como agem suas cores? É preciso fazer viagens que nos levem a Campinas do Leo Della Volpe e também da Dona Carmem que por lá já me hospedou e cuidou muito bem de mim.

Mas agora vamos voltar para a Waleska, caçadora de páginas brancas, virgens, puras ou para a Sarah, amante de jovens amores? Trata-se de amores puros. Pelas páginas, pelas paixões. Os morangos da vida nos fazem todos irmãos. Talvez sem destino certo em Campinas. Talvez apenas adorando outras paisagens.