QUERENDO AMOR O CORAÇÃO SILENCIA

QUERENDO AMOR O CORAÇÃO SILENCIA

Marília L. Paixão

Se você está precisando de amor com urgência, ainda assim, um pequeno conselho: não apresse o amor. Pense no amor que você deseja como uma dieta cheia de sacrifícios. O amor não cai de para quedas no quintal de ninguém. O amor não espalha santinhos como em época de eleições. E o mais comum no amor é o medo. O amor muito corrido atrás se assusta e corre mais rapidamente desaparecendo lá na frente. Quando você pensar que o amor está lá por trás de um alto morro, ele já subiu aquele e já desceu outro.

E o amor meio conquistado se afogado, corre pelos rios entre os dedos sem razão. O amor possui seus segredos e muitos deles está em você não saber tudo sobre ele. Como pode ser tão escorregadio o amor? Como pode ser tão desigual entre os que amam muito e os que parecem amar pouco? Mas quem disse que o amor é domesticável? Quem disse que ele dura o tanto que desejamos? Quem idealiza o amor sofre como na era do romantismo, a única diferença é que por amor se morre pouco hoje em dia.

De qualquer forma, lembre-se: por amor ainda se mata muito. Existem tantos crimes que ganha o nome de amor. Existem tantos tipos de fanatismos e este sentimento louco dá nome de amor a Deus por tantas causas enquanto vão se cometendo crimes e mais crimes. Hoje não vou citar como exemplo, nada. Hoje quero acreditar que estou escrevendo apenas para pessoas elevadas.

E porque escolho hora ou outra escrever sobre o amor? Eis um sentimento que não nos abandona. Por amor abrimos a janela do sol todos os dias. Nunca abrimos a janela pensando: podia desabar o mundo hoje.

Eu bem que estou com saudades da minha irmã Isaura. Eu que quase não a vejo, quase não lhe falo, quase não sei suas notícias, nunca a esqueço ainda assim. E sabe porque quase não a procuro? Fico sempre com medo de chegar em hora errada em seu mundo de amor. Tenho sempre medo de ele estar em guerra e eu lhe causar algum incomodo.

Vê como no amor a gente erra?! Talvez Isaura pense que eu não ligo e que deixo para dar notícias quando há algum evento ou quando preciso eu de algum conselho. Não, Isaura. O meu medo é aparecer numa hora em que chora ou que seu coração está em chamas e sei como diante destes constrangimentos você prefere se esconder. Foi por isso que eu sempre me afastei de você, mas sei que também erro em pensar eu mesma todas essas coisas. Não é que o amor nos faz pensar tudo errado?

Se a gente for procurar no dicionário sobre o amor deve ter pouca coisa lá. Então você se diz: disso eu já sei tudo. Na verdade nada sabemos sobre o amor além do tanto que ele nos afeta seja em sua forma que vem ou que vai. Ops! Acabou de passar um amor por aqui! Será de quem era? De algum leitor novo? Ou será que foi de algum passarinho que passou pela minha janela e eu não vi? Se foi, este não estava ferido, Zélia.

Continuando nosso assunto amoroso, caro leitor de livro de bolso, perceba que rio nas entrelinhas. E se não gostou da referência que se acostume, pois os livros de bolso será o que restará aos escritores no futuro. E claro que falo coisas pelos meus cotovelos a fundo e não é por falar que vocês estão me lendo? Às vezes nos faz falta um pouco de reflexão de um ser comum, tal como a gente é. Afinal, aqueles bacanas lá que a Zélia Freire tem intimidade não eram todos gente como a gente só com uma leve diferença de posses e culturas bem conseguidas?

Sabe que eu descobri o porquê de gostar escrever tanto sobre o amor? E por que o amor não tem fim. E para quem adora escrever fala se uma coisa sem fim não se torna o assunto perfeito?

Com mais uma descoberta desta eu me transformarei numa deslindadora dos nove mares. Ah Isaura! Eu vou adorar nadar com você mesmo sem você saber por todos eles, por que eu te amo minha irmã.

E quer saber?! Até hoje eu não li a Biografia do Roberto Carlos que eu te dei de presente em seu aniversário de 50 anos e que você me devolveu na pressa da gente nunca saber o porque. Fiquei pensando: será que foi o marido que a proibiu de ler? Pensei isso por causa daquela confusão do show do Márcio Greik, enquanto você ainda na fase do namoro ou recentemente casada, a crise de ciúmes do cara? Ainda bem que eu não me lembro de nada direito. Eu era apenas uma criança, do amor ainda não entendia nada. Talvez apenas a falta que fazia tê-lo em meus dias.

Mas deixa o Rei para lá! Se você não leu, nem eu! Mas você é uma rainha. Eu não te telefono, mas te escrevo sem nem você saber.

Melhor parar por aqui. Mas um pouco e o meu amor pela minha irmã fica quase igual o amor do pai pela filha na novela A favorita. (Tarcísio Meira e Lília Cabral). São essas coisinhas, uma aqui e outra ali que nos fazem gostar de novelas. E como o assunto de amor não tem fim, vamos deixar mais para outro texto.

Para quem perguntou se o meu cabelo ficou bom eu diria que sim. Eu sempre digo para a tinta: tinta, você está pintando o cabelo de uma pessoa otimista que só quer ficar bonita. Então a tinta sorri para mim e eu sorrio para ela no espelho e dá tudo certo. No amor tudo devia ser assim também. Todas as pessoas apaixonadas seriam mais felizes.

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 05/07/2008
Reeditado em 10/07/2008
Código do texto: T1065624
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