DESCRÉDITO TOTAL
DESCRÉDITO TOTAL
Lamentamos ter que ressaltar o descrédito da população brasileira com os descasos diários. A saúde arqueja no País das imunidades e impunidades. É uma vergonha! Onde aplicaram os bilhões que arrecadaram com a CPMF (Contribuição Provisória de Movimentação Financeira)? A falta de saúde e a deficiência de hospitais e profissionais de saúde continuam. Vejam a aberração que só acontece no Brasil: Promotor diz que hospital onde morreram 12 bebês no Pará tem “roedores por todos os lados.”. Um momento ideal para se colocar em prática e uso o Código da Infância e do Adolescente. "Foi uma tragédia anunciada", disse o promotor da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado do Pará (MPE), Ernestino Silva, que apura as mortes de 12 bebês na UTI Neonatal da Santa Casa de Misericórdia, em Belém (PA), ocorridas no último final de semana. Silva já acompanha a situação do hospital desde dezembro do ano passado, quando ajuizou ação civil pública contra o Estado e o Município, mostrando as condições precárias de funcionamento da instituição, que é ligada à Secretaria de Saúde do Estado (Sespa). “Fiz uma inspeção in loco e me deparei com um hospital sem nenhuma infra-estrutura: insetos - fossa a céu aberto, roedores por todos os lados, roupas mal lavadas, etc.”.
“Além disso, há uma total falta de equipamentos e recursos humanos”, declarou o promotor, em entrevista exclusiva ao UOL. Já houve desvio de finalidade e ainda querem sugar o povo sofrido e calejado do Brasil com a gestação de um novo imposto para substituir outro de forma crudelíssima e absurda. Os nossos representantes, com algumas exceções aprovaram o criminoso imposto na Câmara dos deputados, e encaminharam para referendo ou não, do senado Federal. Ficamos a pensar no sofrimento dessas mães, desses pais, e famílias que perderam seus entes queridos tão esperados e almejados. Operação Quixadá – Polícia caça mais dois e já apreendeu R$ 1,1 milhão. Dezenove pessoas já foram presas pela Polícia Federal (PF) por crimes contra o sistema financeira na Operação Quixadá, realizada em Fortaleza. Outras duas ainda estão foragidas. A PF apreendeu, até o momento, cerca de R$ 1,1 milhão – R$ 655 mil, 142 mil euros e 80 mil dólares. O Povo apurou que um policial civil e um militar estariam no esquema, que envolve lavagem de dinheiro e prática de câmbio ilegal. São certas nuanças que não coadunamos com a mídia, ela cita o envolvimento de policiais e não cita a profissão dos outros, por se tratar de pessoas da nata e da elite.
Mais uma manchete que causa surpresa e está editada em primeira página do jornal O Povo. Ronda é aprovada, mas furto e roubo aumentam. Pesquisa feita pela Secretaria de Segurança Pública revela que 83% dos fortalezenses estão satisfeitos com o – Ronda do Quarteirão, programa que completou seis meses de existência. Embora o sistema tenha mostrado resultados expressivos no período, com o aumento de 47,84% nas ocorrências atendidas. Pela Polícia, os roubos e furtos aumentaram e continuam na Capital. O povo não vai ter crença numa pesquisa feita pelo próprio órgão responsável pela segurança e estampada em fontes bem grandes para chamar a atenção do público. Pulga atrás as orelha minha gente! A década de 90 marca o boom de trabalhos e ações provenientes de organismos multilaterais (FMI, OEA, Banco Mundial e OCDE) e de estudos acadêmicos sobre corrupção. Isso se deve, em parte, a maior percepção dos cientistas, principalmente dos economistas, sobre as graves conseqüências sócio-econômicas desse fenômeno.
Alguns teóricos defendem que, em algumas situações específicas, a corrupção pode ser um facilitador do crescimento ou do funcionamento do sistema econômico, servindo como uma espécie de óleo dentro de um ambiente com excessiva regulamentação e burocratização. Existem no Brasil muitas palavras para caracterizar a corrupção: cervejinha, molhar a mão, lubrificar, lambileda, mata-bicho, jabaculê, jabá, capilê, conto-do-paco, conto-do-vigário, jeitinho, mamata, negociata, por fora, taxa de urgência, propina, rolo, esquema, peita, falcatrua, maracutaia, etc. A quantidade de palavras disponíveis parece ser maior no Brasil e em países onde a corrupção é visualizada cotidianamente. Originalmente, a palavra corrupção provém do latim Corruptione e significa corrompimento, decomposição, devassidão, depravação, suborno, perversão, peita. A corrupção, entretanto, dependendo do contexto, nem sempre assume uma conotação negativa. Ela constitui, por exemplo, a base para o desenvolvimento da linguagem: a língua portuguesa resultou de um "corrompimento", da modificação do latim, cuja variante brasileira é ainda mais dinâmica e viva (mais corrompida, portanto) do que o português de Portugal. Na linguagem política contemporânea, no entanto, a corrupção sempre assume uma conotação negativa, o que, visto numa perspectiva histórica, não foi sempre assim. Esses dados foram fornecidos por Antonio Inácio Andrioli.
Historicamente, a corrupção esteve associada ao conceito de legalidade, ou seja, corrupto era caracterizados aquele que não seguia as leis existentes. Mesmo determinados termos extremamente negativos que atualmente são usados para designar formas de corrupção, como a peita, o nepotismo e o peculato, não tinham essa conotação até a poucas décadas atrás: a peita estava instituída como um pacto entre os fidalgos e a plebe nos regimes monárquicos para garantir o pagamento de tributos do povo aos nobres; o nepotismo era reconhecido como um princípio de autoridade da Igreja na Idade Média, segundo o qual os parentes mais próximos do Papa tinham privilégios sociais aceitos pela sociedade da época; o termo peculato, originalmente, indica que o gado constituía a base da riqueza de determinados grupos sociais privilegiados e, posteriormente, a expressão "receber o boi" passou a ser usada para designar "troca de favores", pois o gado servia como uma forma de moeda em certas regiões rurais. O termo peculato, atualmente utilizado para caracterizar favorecimento ilícito com o uso de dinheiro público, continua com essa referência histórica de que para ter acesso a determinados privilégios é necessário um favor em forma de contrapartida.
Será que a maioria política do Brasil não se conscientizou da mudança sinonímica de corrupção? Como querem um país ordenado, equilibrado, se a desordem se espalha pelos quatro cantos do país. No Brasil se associa a esse contexto histórico a assim chamada Lei de Gérson, ou seja, o comportamento de querer "tirar vantagem em tudo", pressupondo que os sujeitos aguardam o máximo possível de benefícios, visando exclusivamente o benefício próprio. Esse tipo de comportamento, contudo, se adapta perfeitamente ao "espírito capitalista", como pré-condição esperada dos seres humanos numa sociedade centrada nos valores da economia de mercado. Adam Smith, por exemplo, caracterizava esse comportamento como a melhor forma de contribuir com o progresso social (Smith, 1990). É mentira Terta? Não! É verdade! Pensem nisso!
Antonio Paiva Rodrigues - Membro da Aci e Alomerce e da Aouvirce