MINISTÉRIO ANGELICAL

“Nem no teu pensamento amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior do teu quarto, o rico; porque as aves dos céus poderiam levar a tua voz, e o que tem asas daria notícia das tuas palavras.” Eclesiastes 10. 20.

O conceito de antropocentrismo, que se recusa a compreensão do homem como extensão de Deus e, por isso, dependente do mesmo, fundamenta um tipo de vida intolerante quanto ao ministério angelical. O homem, então, é visto como um ser auto-suficiente; completo em si mesmo: ele inventou o computador; desenvolveu a genética; arrisca-se altivo em expedições marítimas, explorações siderais, entre outras descobertas e empreendimentos. Já há muito “chutou a balde” da tolerância aos dogmas cristãos. E anjos... pergunta, “o que são anjos, senão um mito? Nada mais que crença popular. Menininhos bochechudinhos; cabelinhos loiros e encaracolados; têm asas, arco e flechas, com as quais flecham os corações, semeando paixão entre as pessoas. Se anjo é isso... ou... mesmo que fossem seres poderosos..., eu tenho tudo! Eu não preciso deles”.

Assim vivem milhares de pessoas. Guiadas pelo próprio nariz, falam o que querem e cogitam pensamentos malignos, sem levar em conta os danos que podem causar com tal libertinagem.

O Salmo 91, no entanto, nos versículos 11 e 12, citados inclusive por Satanás quando tentou a Jesus no deserto, afirma: porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão em suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Eles são invisíveis, de fato. Mais são reais. Fiéis. Você não pensou que Deus o deixaria só, neste mundo..., pensou? Ou confiaria tão preciosa vida a anjos, cuja fidelidade estivesse a ser comprovada, como numa experiência de laboratório? Jó tinha noção disso, quando disse: De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou.” Jó 10. 11-12.

A proteção dos anjos é uma das provas da fidelidade de Deus e do seu amor. Ele, em sua onisciência, sabia que, ao enviar-nos a este mundo, estaria submetendo-nos, em princípio, à condição de pecadores. Ou seja, à morte espiritual. De fato, não sabíamos do sacrifício libertador de Cristo, com o qual nos livrou da morte e do império das trevas. O evangelho era-nos um mito. Mesmo assim, a providência de Deus não nos desamparou, e os seus anjos nos guardavam. O que dizer das palavras do Senhor a Jeremias: Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações. Jr. 1:5. Certamente, mesmo quando este era ignorante, por conta de sua adolescência (preocupado com as coisas de menino e, de certa forma, alheio aos profundos mistérios do Senhor), Deus já o guardava.

Se o Pai o guardou naquele tempo, quando ignorante em relação a ele e aos seus desígnios, imagine agora, quando você o tem como Senhor da sua vida? Por isso, corra a carreira que lhe está proposta. Os anjos dele estão consigo. Veja Hebreus 1. 14: Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação? Eles estão diante de nós, esperando apenas que confessemos a palavra de Deus e não tropecemos no que falamos, para, então, cumprir o nosso desejo. Em outras palavras, se o que você fala aos anjos está em linha com a Bíblia, está também com a vontade do Autor da mesma, e, portanto, não há impedimentos.

Sabendo disso, nunca mais diga algo contrário a sua verdadeira identidade: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1Pe 2. 9). Segundo Salomão, estás enredado com o que dizem os teus lábios, estás preso com as palavras da tua boca (Pv 6. 2). Não entristeça o Espírito Santo, no qual você foi selado (Ef 1. 13), nem os anjos, que nos guardam. Estes desejam ouvir os mistérios que estiveram ocultos e desejam, também, o reconhecimento de seu ministério, por sua parte. 1Pe 1. 12: A eles (os profetas) foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar. Lembre-se: Do fruto da boca o coração se farta, do que produzem os lábios se satisfaz. A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come dos seus frutos. Pv 18. 20-21.

Denílson Nunes
Enviado por Denílson Nunes em 13/06/2008
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