MÃE QUERIDA, SONHO DE MINHA VIDA, AINDA NÃO, POR FAVOR.
Era uma tarde normal, atendi meu celular e ouvi a pequena frase: titia, vovó morreu!
Kaique, meu sobrinho de 12 anos, nunca foi de muitas palavras, mas ouvir uma notícia assim foi como ter meu coração arrancado com a mão. Foi uma dor enorme, sem precedentes, jamais senti algo assim. Nem a dor, quando da notícia da morte de meu pai em janeiro de 2007, causou-me tão enorme cratera na alma.
As primeiras providências a serem tomadas em meio a toda aquela dor, não saíram em uma seqüência tão lógica e prática. Liguei para minha irmã e marido com intuito de saber sobre viagem, trajeto e carro. Muita coisa se misturou na mente, a vista turva e as lembranças martelando fortemente.
Lembro bem! Ainda na estrada a caminho para Nova Ponte, o celular toca e aparecem no visor umas letras estranhas. Atendi, e desta vez quem quase morreu fui eu. Reconheci aquela voz tão amada e saudosa que ecoou em meus ouvidos me deixando em uma euforia e curiosidade.
- Herbinha minha filha, sou eu seu pai. Me ouça, fique calma nessa hora da partida de sua mãe, seus irmãos precisam de você.
- Pai, é o senhor? Como que me ligas? Como pode ser? O senhor morreu !
- Filha, agora não. Explicar os meios que podemos utilizar para entrar em contato vai ser complicado. Posso dizer que o telefone só toca daqui pra aí. Apenas observe que sua mãe parte de vocês, mas vem para junto de mim. Fique em paz
De novo me atordoei, as forças me foram levadas e a dor ficou enorme. Chorei, chorei muito. Nestas horas não vemos lógica em nada. Sentimos apenas dor, o peito em chamas e a saudade de meus pais era muito forte. Assim, prossegui minha viagem por algum tempo, ainda sentindo muito nítido o som da voz de meu pai. Foi verídico de mais, falei com ele. Só ele me chama de Herbinha. Me pede calma, mas como acalmar diante da notícia que minha querida, doce, amada e angelical mãe se foi. Com o corpo tremulo procurei ajuda nos braços seguros de meu marido. Este, sentindo meu tremor e respiração acelerada, carinhosamente me acordou.
Sim, eu estava sonhando. Sonho longo e doloroso. Mesmo depois de acordada, ainda pela volta do dia, trazia comigo as nítidas lembranças ruins da noite anterior.
Minha mãe vive entre nós, esta bem. Meu pai vive em outro plano, esta vivo em meu peito e aguardo uma ligação dele.
Kaique, meu sobrinho de 12 anos, nunca foi de muitas palavras, mas ouvir uma notícia assim foi como ter meu coração arrancado com a mão. Foi uma dor enorme, sem precedentes, jamais senti algo assim. Nem a dor, quando da notícia da morte de meu pai em janeiro de 2007, causou-me tão enorme cratera na alma.
As primeiras providências a serem tomadas em meio a toda aquela dor, não saíram em uma seqüência tão lógica e prática. Liguei para minha irmã e marido com intuito de saber sobre viagem, trajeto e carro. Muita coisa se misturou na mente, a vista turva e as lembranças martelando fortemente.
Lembro bem! Ainda na estrada a caminho para Nova Ponte, o celular toca e aparecem no visor umas letras estranhas. Atendi, e desta vez quem quase morreu fui eu. Reconheci aquela voz tão amada e saudosa que ecoou em meus ouvidos me deixando em uma euforia e curiosidade.
- Herbinha minha filha, sou eu seu pai. Me ouça, fique calma nessa hora da partida de sua mãe, seus irmãos precisam de você.
- Pai, é o senhor? Como que me ligas? Como pode ser? O senhor morreu !
- Filha, agora não. Explicar os meios que podemos utilizar para entrar em contato vai ser complicado. Posso dizer que o telefone só toca daqui pra aí. Apenas observe que sua mãe parte de vocês, mas vem para junto de mim. Fique em paz
De novo me atordoei, as forças me foram levadas e a dor ficou enorme. Chorei, chorei muito. Nestas horas não vemos lógica em nada. Sentimos apenas dor, o peito em chamas e a saudade de meus pais era muito forte. Assim, prossegui minha viagem por algum tempo, ainda sentindo muito nítido o som da voz de meu pai. Foi verídico de mais, falei com ele. Só ele me chama de Herbinha. Me pede calma, mas como acalmar diante da notícia que minha querida, doce, amada e angelical mãe se foi. Com o corpo tremulo procurei ajuda nos braços seguros de meu marido. Este, sentindo meu tremor e respiração acelerada, carinhosamente me acordou.
Sim, eu estava sonhando. Sonho longo e doloroso. Mesmo depois de acordada, ainda pela volta do dia, trazia comigo as nítidas lembranças ruins da noite anterior.
Minha mãe vive entre nós, esta bem. Meu pai vive em outro plano, esta vivo em meu peito e aguardo uma ligação dele.