Sábado ...

Sábado comum sem novidades, a tela se abre me faz centrar a leitura e sentir em meus olhos, cada vez mais, a vontade de escrever assim: com os olhos atentos e inteligentes de Luiz Guerra, com a percepção cultural de Helena Sut, com o poeta com dedos encantados Alfredo Rossetti, com intensidade e vasto conhecimento de Luiz Alberto Machado, com a leveza dos poemas que nos abraçam o olhar mágico de Ana Costa, com o fantástico jovem que sempre busca o melhor da sua geração: ‘o novo’ de Diego Ramires, com a palavra reflexiva que nos faz pensar em versos do jovem Marcos Kellner, a profundidade e sensualidade da prosa poética de Mariza Lourenço, as deliciosas crônicas de Rosa Pena, e por aí vai.

Sei que são inúmeros os nomes que encontro por dia, cada vez mais tenho fome da palavra. Como não citar os maiores nomes de nossa literatura? Aprendi muito com eles, mas vejo o autor de agora, com sua linguagem, com sua cultura, com seu gingado próprio, isso me fascina.

Diante da tela o olhar poético guiou meus dedos, mas não tão silenciosos e pacatos como antes, correram, mas não sabem para onde. Dei-lhes o tempo necessário para brincarem com o carnaval das idéias e que a fantasia seja boa enquanto dure e os deixem criar. Meus olhos aqui continuarão a flertar com as palavras de muitos que alimentam meu desejo de escrever mais.

Uma coceirinha trouxe-me o sorriso, percebi que o sábado não foi tão comum assim, a riqueza observada abriu mais um caminho a ser explorado.