REENCARNAÇÃO E SONHO
REENCARNAÇÃO e SONHO
Iran Di Valença
Hoje, como espiritualista e “ex-concessionário” de entidade espiritual, classificação que permito me dar por haver, há trinta anos, possuído afinidade mediúnica, confesso, aprendi com ela, bastante, contudo como abusei da missão delas pretendendo induzi-las a me ajudar materialmente, apesar delas insistirem que os espíritos ao terminarem sua missão corporal não mais têm, honestamente, condições de se envolver nesse assunto, pela contradição que isso representaria, presumo, que o que classificamos como Sonho para realizar e alcançar a Felicidade, não é mais do que uma Missão para a qual fomos designados pelo Criador para cumprir na vida corpórea, onde a cada qual Ele concede, para o espírito, no seu campo de vida corporal, contribuir para o aperfeiçoamento do plano terreal e assim se redimir do Pecado Capital, quando, ao macular, por desobediência a Lei, a Árvore da Vida (do conhecimento do Bem e do Mal), se infectou do Mal.
Ao termino e cumprimento da Missão que lhe coube, o espírito adquire a condição de possuidor das sete virtudes divinas, extirpando de si os sentimentos negativos como Ambição, Egoísmo, Soberba, Ódio, etc., reconquistando sua sublimidade, ou seja, a permanente busca da Felicidade.
Há na estrada da vida as retas para o Mal quando exercitamos alta velocidade, pondo em perigo a própria vida corpórea e a espiritual, além da de terceiros. E a estrada de curvas para o Bem em que se viaja com segurança de atingir o destino. Como exemplo, tomamos conhecimento diariamente de desastres de veículos nas retas aprazíveis por onde se imprime maior velocidade. Uma estrada construída por uma engenharia responsável não deixa de traçá-la com curvas preventivas. Todavia há, detalhe na estrada de curvas. Se o condutor tentar imprimir nela velocidade, também estará sujeito a desastre. A estrada do Bem requer responsabilidade.
Normalmente, durante nossa existência, temos muitos desejos e percorremos muitas ruas, avenidas, estradas retas e sinuosas para conquistar os bens materiais como base para a Felicidade, porém, a Missão que classificamos como Sonho, se conseguirmos alcançar ou cumpri-la, o espírito se satisfaz e refreia todos os sentimentos negativos, reconquistando seu estado de sublimidade.
Nem todos conseguem na sua existência, cumprirem com a Missão que lhe foi designada porque transitam em velocidade pelas estradas retas e são sujeitos a desastres e multas e terão que pagar pelas conseqüências. Terminado o prazo para cumprir com a Missão (Sonho), se não a realiza, terá que esperar por outra reencarnação. Não se pode confiar na perspectiva ilusória das religiões de que Deus tudo perdoa. Tanto Ele como nós, em nossas vidas, só perdoamos o devedor se ele quita a dívida. Quem alegar o contrário é um hipócrita. “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”. O “perdão” que concedemos é quando o credor nos caloteia ou não tem condições de pagar. Como nossa vida é finita, falecemos sem receber a divida. Entrementes, Deus possui a eternidade e seu devedor é o espírito, enquanto o nosso se apresenta com um corpo falível.
Eis porque aconselho: Jamais desista do seu Sonho (Missão) porque ele pode ser justamente o que lhe foi designada pelo Criador.
A propósito de alta velocidade, lembrei-me de uma piada reativa: “Um ás do volante abusava da alta velocidade. Quem o aconselhava ele respondia invariavelmente que seu Anjo da Guarda estava ao seu lado e o protegia. Acontece que toda “massa tem seu dia de mingau”:
- Um dia ele desenvolvia altíssima velocidade e seu Anjo o alertou. Ele gracejou e lhe disse: - Você me protege. Nisso o ás da volante deparou com uma ponte de “mão única”. O Anjo viu uma carreta penetrando na ponte e gritou para ele parar. Ele respondeu: -Vou passar primeiro! –
-O Anjo saltou do veículo e disse-lhe então morra só! “
-O ás, hoje vaga dirigindo nuvens brumosas do purgatório.