CASINHA DE LETRAS

CASINHA DE LETRAS

Marília L. Paixão

Estou em atraso com alguns nomes que deixei no texto do outro computador. Estou abandonando por aqui umas letras, não trancarei a gaveta, não esquecerei de nenhum rosto que amo e tão pouco declamarei nenhuma poesia. Amanhã faço novos anos e coisas mais que a vida ensina. Posso me dar o direito de nada permitir me aborrecer. Sairei da cidade em buscas de ruas verdes. Hoje o dia estava roxo e não me senti sequer amarelada. Amanhã quem sabe colocarei um verde pouco rosa e sairei menos prosa por aí. O silêncio acalma. O verde refresca a alma e muita escrita prejudica as vistas. È ou não é? Amanhã serei a que não escreve e nem lê, apenas vê. Também adoro sorrir.

Amanhecerei feliz por ter planejado um dia de paz sem despedidas. Voltarei no fim da noite para uma nova manhã belamente mais envelhecida. Contemplarei o sol ou a chuva com harmonia de quem adora a paisagem. Faz frio, mas não dentro de mim. O sol entorna e me abriga de braços abertos. Algo me diz que não morrerei cedo e deve ser por conta dessa mania de gostar de escrever que amo você que me lê e se sente amado ou bem protegido por minhas linhas.

Nada tememos. Pegamos amor e jogamos com força onde o amor puder alcançar sem compromisso religioso nenhum. Quem quiser que pegue um pouquinho. Não atiramos pedra na Geni, possuímos cada um nossos defeitos e não desnudamos um santo para vestir outro, não cobramos pedágio por nossas ruas e a Mônica promete deixar rastros por onde ela passa.

Eu vou dar uma de quem tomou veneno e está tentando se recuperar da quase morte enquanto fico um mês distante. Posso aparecer daqui a um mês, não posso?! Se não fizer muita falta eu talvez demore mais... rs.rs...Enquanto isso deixarei vocês em excellent hands. Vou citar uns nomes novos para variar nosso leque de pessoas sensacionais: Raquel Corrêa, William E Silva e Santher. No texto que ficou no outro computador eu falava da Rosa Pena (grande rosa e pouca pena) e da Dalila Langoni (adora falar palavrão em horas insone), mas são pessoas que volta e meia eu gosto de ler. Leio volta e meia porque quando elas vão elas demoram para voltar.

Claro que estarei entrando para ver como andam o trabalho de vocês. E claro ainda tenho um texto se eu descontar aquele em que estava falando sozinha. Mas não vou prometer. Hoje (ontem) não era para eu ter escrito aquele texto enraivecido, mas a gente escolhe o que escrever? Eu só escolho quando preciso de um paracetamol. Fora isso eu deixo os dedos seguirem o fluxo das letras dos meu pensamentos mesmo quando bobos. Eu que nem fumo devo até as deixar fumarem de vez em quando. Eu que quase não bebo deixo elas se embriagarem de vez em quando. E deixo elas fazerem até sexo com quem elas quiserem. As de maior idade, claro! E não vigio para ver se foi estrela com estrela ou estrela com ursinho do mar. Todas as minhas letras podem se beijar a vontade, e melhor ainda em suas próprias casas e isto serve para todos os casais.

Acho que Deus me deu tudo em seu tempo certo. Se alguma coisa deu errada a culpa de não ter aproveitado foi toda minha. Não teria um livro de lamentos para escrever e gosto mesmo é de novidades. Gosto do campo mas adoro reparar as coisas da cidade. Gosto da evolução do primeiro mundo. Gosto de mineiros e paulistanos. Gosto do calor dos paulistas e da alegria das moças de Porto Alegre. Elas escrevem com uma leveza pura. Gosto do Recanto. Eu tenho mais é que agradecer por esses tantos anos de saúde e coisas boas que por aqui vão aumentando. Aproveito e agradeço a todos vocês que tem contribuído mais e mais para a felicidade dos meus dias. Um grande abraço para a Angela Rodrigues, Vany, Dorothy e todos os rapazes tão bem vindos em minha casinha de letras. I love you all.

Marília.

PS: Leiam o pensamento chamado "MINHA ALMA" de simone mottola. Uma delícia!

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 28/05/2008
Reeditado em 30/06/2008
Código do texto: T1008459
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