Dengue
No início da semana recebi um convite para uma palestra. Aceitei no ato. Eu não conhecia o local... Interior do Rio de Janeiro... Porém, na hora marcada, 13 hs, eu estava lá.
O convidado, um professor e escritor famoso. Muitos livros didáticos publicados. Extremamente preocupado com a mudança, necessária e urgente, do ensino textual em sala de aula.
Terminaria às 15horas, bobagem!!! Terminou duas horas depois... Deslizamos entre Drumond e o papel do professor formador de leitores.
Saí, falando, comentando... Dando palpite. Ganhei um livro, no sorteio... Eu nunca tenho sorte com isso, mas dessa vez... Eu ganhei.
Fui trabalhar um pouco, à noite, afinal, ninguém é de ferro!!!
Na terça-feira e na quarta, trabalhei em casa (tenho essa oferta, mais amena, de labuta. Confesso que às vezes é um pouco solitária... Mas, reclamar, nunca!!). Pois bem , trabalhei...
No dia seguinte, quinta-feira, não consegui levantar da cama... Cabeça doendo, febre alta... Doía cada ossinho do meu corpo ( Bom salientar que tenho 1,71 de altura... Uma extensão óssea cruel, quando se trata de dor... Pelo menos parecia que a dor partia deles para o resto do corpo). Falei um metro e setenta e um de altura... (não podemos nos dar ao luxo de excluir um só centímetro sequer, quando a probabilidade de encolhermos com o tempo, é fato).
Sexta, febre alta... Sábado, corri para o médico... Não conseguia respirar... Pensei que a vida estava me sofocando... Quem dera terminar essa crônica assim, de forma poética e ficcional... Mas, o médico disse: _ iih! Plaquetas baixas, leucócitos caindo...
(parecia cotação da bolsa, em tempo de alarde de uma provável crise mundial...).
_ Dengue, querida!!! HC, raiox do crânio (não sei pra quê), agora!!!... Lá fui eu. Braço furado, conta bancária extrapolada...
Era dengue... _ Refazer os exames daqui a três dias... ( Braço furado...Pagar novamente).
Passei na farmácia, voltei à casa, desolada... Dengue?! Já tive uma vez... Logo eu, que deixo o cara entrar em casa, pra colocar o pozinho no ralo... Cuido das plantas e blablablá...
Pena, não terminar em versos... Em ficção. A diaba da 'mosquita' me pegou... Mas, ela não tem culpa... É apenas hospedeira... Assim como, o potinho não tem culpa de hospedar água parada...