⚫️ Curtindo a vida adoidado

Decidi construir 1 hotel em Copacabana. Por que não construir umas 4 casinhas no Brooklin! Para quem já possui companhias de táxi e de aviação, não custa nada aproveitar a chance de adquirir a companhia de trem. Só faltava um casaco e uma cartola para eu me sentir o Vanderbilt brasileiro, quando o jogo foi encerrado, o tabuleiro dobrado e me conformei com a realidade de que eu não tinha dinheiro sequer para arrematar um terreno, onde foi um cemitério indígena, em Ferraz de Vasconcelos. Pior, era hora de dormir porque haveria aula no dia seguinte.

Leblon, Jardim Paulista, Faria Lima, o descompromisso para anunciar que iria começar a construir hotéis, casas e obter empresas dependia dos números dos dados... Esse mundo de facilidades havia ficado para trás. À força, sempre que fechavam a caixa do jogo, eu voltava para a realidade da casa alugada e da escola pública em Guarulhos.

Lula vive o ‘Banco Imobiliário’ da vida real. Torrando um dinheiro que não é dele, ignora o teto de gastos, ou seja, gasta mais do que arrecada. Talvez investindo no pior empreendimento da história, cismou em filmar novelas estatais (“Novelabrás”); concorrendo como a transação comercial mais prejudicial, Dilma Rousseff arrematou a refinaria de Pasadena, conhecida, em relação à ferrugem, como “ruivinha”; por fim, a dupla, Lula e Dilma, quer substituir o dólar como unidade monetária Internacional. Quanto à dinâmica do mercado, Lula e Dilma são dois ignorantes.

Talvez, para eles, a moeda seja como o dinheirinho do joguinho do banco, quando eu construía hotés e casas no Morumbi e Pinheiros e saía comprando companhias de ônibus, navios e aviões como quem retira um produto da prateleira e joga num carrinho de supermercado.

Lula é o presidente. Eu devo ter perdido meu tempo comprando e construindo em lugares ideais, enchendo minha infância de irrealidades; Lula foi mais esperto, frequentou os melhores endereços, aproveitou ótimos hotéis e usufruiu dos serviços de empresas, tudo dos amigos. E, no momento certo, utilizou a “carta” “saída livre da prisão”.