Em andamento
Na mesma noite, onze e pouco de uma segunda-feira. Tenho refletido meus atos, e eu acho que eu sou arrogante, uma arrogante traumatizada talvez. Às vezes até quero evoluir, mas acho que nosso eu antigo tem uma relação tóxica com as novidades que nós mesmos nos propomos, sempre gostei de me transparecer pelas letras, talvez seja por isso que hoje eu seja formada em tal, mas parece ( e eu acho que seja certeza) olha a arrogância aí de novo. Voltando, parece que temos sempre uma versão mais legal que não mostramos a ninguém, seria por timidez? Será que alguém deixaria de nos amar por detalhes a mais ou menos? Ou iriam nos amar mais por estarmos fazendo o que supostamente eles também queriam? Por que tanto desejo de ser amado?
Bom transforma-se e ser o amador na coisa amada é um caminho que não é trilhado somente pelos meus passos, tampouco pela minha própria experiência, mas sim pelas mãos da minha mãe, pela voz do meu pai, pela postura dos meus irmãos, pelo riso do meus amigos, e por aquela versão ainda guardada para um motivo especial igual adesivo de caderno. Até que ponto podemos ser nós mesmos? Até onde eu posso ir por mim mesma e ter alguém olhando para mim. Não sei, eu queria saber, mas talvez, só talvez, ninguém saiba. Mas aos poucos vou tentando descobrir.