NO REINADO DE AMOR

1

Num sonho entrei num reinado

Magnífico encantador

Cada canto um esplendor

Me deixava fascinado

No meio havia um banhado

D’água cristalina e pura

Nele a vida com fartura

Brotava sem desafio

E sobre este perene rio

Tinha uma ponte segura.

2

Segui na minha aventura

Passei sobre a bela ponte

Onde avistei não distante

Um castelo em formosura

Uma guarda com postura

Não me fez questionado

Depois do portão cruzado

Me aproximei do castelo

Onde adentrei sem apelo

Fui bem recepcionado.

3

Um Fidalgo bem trajado

Saudou-me a certa distância

Disse: me chamo “Elegância”

Seja bem-vindo ao Reinado

Aqui será bem tratado

Respeito aqui tem valor

Ninguém deve se opor

À “Lei da Sinceridade”

Código de ética é “Verdade”

E o Rei no trono é “Amor”.

4

Tem do seu lado um pendor

A “Rainha Paciência”

Tem a “Princesa Inocência”

Alteza o “Príncipe Pudor”

O futuro é promissor

Cada herdeiro é ensinado

Para ser perpetuado

Sob o mesmo regimento

E no Reino esse argumento

Já está consolidado.

5

Após ter sido informado

Pelo Fidalgo “Elegância”

Me disse com relevância

Vá conhecer o Reinado

Um Vassalo bem treinado

Seguirá lhe acompanhando

Nisso balançou tocando

Uma sineta dourada

E depressa a vassalada

Chegou me cumprimentando.

6

Foi “Elegância” ordenando

Ao “Vassalo Simpatia”

Disse com categoria

Este, vai lhe acompanhando

Tudo irá lhe apresentando

E o que você precisar

Pode lhe solicitar

“Simpatia” é competente

Simpático e inteligente

Saberá lhe ajudar.

7

Comecei a passear

Adentrando no Castelo

Cada ambiente mais belo

E sempre a me deslumbrar

As colunas a sustentar

Os arcos de puro ouro

Junto a porta do Tesouro

Um guarda por segurança

Tinha um nome “Confiança”

Com sete estrelas e ouro.

8

No passeio duradouro

Fui a sala dos segredos

Que ficava num rochedo

Junto de um bebedouro

Do alto de um miradouro

Monitorava a “Lembrança”

Guardiã da “Esperança”

E “a sete chaves” a “Saudade”

E os segredos da Verdade”

Formavam essa grande herança.

9

Noutro espaço, uma balança

Que pesava a “Vaidade”

Num prato, a “Fidelidade”

No outro escrito “Vingança”

E a “Justiça” em aliança

Sustentava numa mão

Noutra, a espada da razão

Cortante de qualquer lado

Sem olhos e só lhe foi dado

Apenas a intuição.

10

Me causou grande impressão

Descendo uma escadaria

Onde em frente existia

Uma masmorra “A Prisão”

Onde presos em correção

Estavam “Orgulho” e “Rancor”

Na solitária um setor

O “Ódio” em prisão constante

E o carcereiro operante

Tinha por nome “Favor”.

11

“Simpatia” convidou

Pra ir à sala do Trono

Logo ali lhe questiono

O destino e ele apontou

Por um jardim me guiou

Entre as flores de “Equidade”

Colhi frutos de “Bondade”

Sementes de “Harmonia”

E um galho de “Alegria”

Para ter felicidade.

12

No portão da “Liberdade”

Da anti-sala do trono

Entro e me posiciono

Para ver a Majestade

E a receptividade

Quando fui anunciado

Me deixou emocionado

Quando o Rei chamado Amor

Disse: Bem-vindo senhor

Ao nosso Reino Encantado.

13

O Rei tinha do seu lado

O seu fiel escudeiro

Junto, um sábio conselheiro

E um grande cetro dourado

Tinha um escudo blindado

E um grande anel de selar

Pode se aproximar,

Não tema, pois eu lhe digo

Meu Reino, lhe dar abrigo

Se você quiser ficar.

14

Eu para não rejeitar

Aquela oferta do Rei

De pressa me preparei

Pra minha resposta dar

Mas não deu tempo falar

Acordei alguém chamando

Junto a mim sentada olhando

Com senso de humildade

Somente a realidade

Estava me acompanhando.

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Thiago Alves – 13/07/2024

Thiago Alves Poeta
Enviado por Thiago Alves Poeta em 21/10/2024
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