NA CADEIRA DO DENTISTA
Em abril de 1981, estando na agradável cidade de Campina Grande (PB), tive o privilégio de conhecer o grande poeta repentista José Laurentino, e adquirir um de seus livros de cordel. Um dos capítulos se chamava "Na Cadeira do Dentista", contando, em versos hilários, a experiência de um "cabra macho", "lá di nóiz", se tremendo de medo nas mãos de uma jovem dentista. Anos depois, no dia 20 de outubro de 2012, o doutor Ruy Medeiros Fernandes me autógrafou um maravilhoso livro seu, cujo título é "Na Cadeira do Dentista". Trata-se de "uma coletânea de 'causos' ocorridos no meio odontológico". Pois bem, o tema, realmente, sempre foi tentador para mim. Agora há pouco, depois de voltar de uma pequena, mas complicada, cirurgia odontológica, fiz os seguintes versos:
Eu sou muito valente e destemido
Enfrentando os males que aparecem
Essas coisas que sempre aborrecem
Um ou outro, pra mim, desconhecido.
Não propago, nem faço alarido
Quando excluou o ruim de minha lista
Mas confesso, deixando aqui uma pista
- Nestes versos de dor, na poesia -
E assumindo esta minha covardia
"Afroxei" na cadeira do dentista.
Versos de Chico Potengy
Em 26 de setembro de 2024.